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sábado, maio 18, 2024
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Suposta fornecedora da metralhadora .50 para executar Jorge Rafaat é presa em MS

Uma paraguaia vendedora de cosméticos de porta em porta foi presa ontem (30) em Ponta Porã (MS) suspeita de comandar na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero empresas que movimentavam bilhões de guaranis dedicadas à lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

Além disso, a empresária paraguaia, que vivia há 40 anos em Mato Grosso do Sul e não teve a identidade revelada pela Polícia Federal, também estaria ligada a uma empresa investigada por tráfico internacional de armas, que seria, inclusive, a fornecedora da metralhadora antiaérea calibre .50 usada para executar o narcotraficante Jorge Rafaat em junho de 2016.

Segundo a PF, que cumpriu o mandado de prisão preventiva para fins de extradição expedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), dentre as empresas no esquema investigado estão uma agência de viagens e outra, que movimentou mais de 200 bilhões de guaranis, algo em torno de R$ 143 milhões.

Ainda de acordo com a PF, o pedido de prisão teve origem em investigação da Promotoria de Justiça e Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai), após ofensiva contra o tráfico em 2016, na cidade-irmã de Ponta Porã, diante da escalada da violência pela disputa de poder entre traficantes após a execução de Jorge Rafaat, o então chefe do crime organizado na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.

A força-tarefa também foi para cima da Comtecpar S.A. que, dentre outros negócios, fornecia materiais e produtos ao governo paraguaio, bem como, importava e exportava armas e munições. A empresa já havia sido apontada no noticiário paraguaio como responsável por negócios ilegais com artefatos de guerra, como granadas e as metralhadoras calibre .50, que são capazes de atravessar paredes de concreto e blindagem de carro-forte.

Em razão disso, o empresário Carlos Federico León Campos, dono da Comtecpar, passou a ser investigado por fornecer a arma que era usada para perfurar a blindagem do utilitário Hummer, onde Jorge Rafaat estava quando foi executado. Investigada por lavagem de dinheiro e associação criminosa ligada ao narcotráfico internacional, a paraguaia estava na difusão vermelha (lista de procurados) da Interpol, mas foi presa saindo de casa, em Ponta Porã.

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