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Mais do que robôs: como a robótica educacional transforma a vida dos alunos na Escola Sesi

Você conhece o poder transformador da robótica educacional? Por meio dessa ferramenta, crianças e adolescentes que não tinham muito interesse em estudar disciplinas como matemática e física passam a se dedicar intensamente para construir e programar robôs. Ao explorar os conceitos e valores da robótica, os alunos aproveitam vários benefícios, como melhoria do desempenho em sala de aula, criatividade e competências socioemocionais.

Torneios como o Festival Sesi de Robótica e a Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) colocam à prova o trabalho das equipes realizado ao longo do ano em todo o país. Mais do que apontar campeões e distribuir medalhas, essas competições revelam todo o potencial dos jovens quando desafiados a cumprir uma série de missões automatizadas com seus robôs.

O professor Carlos Roberto Leão Campos trabalha com a robótica educacional desde 2016 na Escola Sesi de Corumbá. Ele é um dos técnicos da equipe Tupinambótica, voltada a estudantes do ensino fundamental. O depoimento do treinador confirma o poder transformador da robótica na vida de seus pupilos.

“Os alunos veem na robótica uma motivação a mais para estudar. Eu tinha alunos péssimos em matemática. Alunos com notas baixas conseguiram alcançar notas altas depois da robótica. É algo que trabalha muito raciocínio lógico, organização das ideias e algoritmos, mas também valores fundamentais, que são a inovação, a criatividade e o trabalho em equipe, o controle emocional, entre outros”, conta.

A estudante Maria Fernanda Pereira Martins, do 6º ano da Escola Sesi de Dourados, está há apenas dois meses na equipe Megamentes e já percebe todo o potencial da robótica para sua vida estudantil.

“O que mais me chama a atenção é o trabalho em equipe e o aprendizado. No começo, eu achava que participar da robótica era só viajar. Hoje percebo que é muito mais. A gente aprende a lidar com outras pessoas e a se conhecer. E também ganhamos muito aprendizado com as outras equipes”, relata a aluna.

Robótica também é empreendedorismo! É comum que as equipes realizem, ao longo do ano, atividades que envolvam marketing, educação financeira e planejamento de negócios. Durante a etapa estadual da OBR, realizada em Campo Grande no último final de semana, integrantes da equipe Capitech aproveitaram o grande movimento de pessoas no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco para montar uma barraquinha e vender doces e guloseimas. Até porque nada vem de mão beijada, como explica a professora Flávia Andrade, da Escola Sesi de Campo Grande e técnica da equipe.

“A principal fonte de renda da equipe é o patrocínio. Como a temporada está em andamento e a equipe ainda não conseguiu um patrocinador, os alunos participam de eventos para levantar recursos. São eles mesmos que fazem o orçamento, providenciam os lanches e vendem no dia do evento”, diz.

Quem entra em um time de robótica sabe que não está sozinho. Afinal, se o robô só funciona se todas as partes estiverem unidas e coordenadas, da mesma forma a equipe só alcança os resultados esperados se houver união e harmonia entre seus integrantes.

“Na robótica o aluno recebe o suporte dos colegas, professores e gestores escolares, mas principalmente das famílias, que são o principal. A família fica muito orgulhosa quando vê que seu filho está conseguindo crescer dentro da escola, participar de eventos representando a escola e o Estado”, conclui o professor Carlos Roberto.

Em Mato Grosso do Sul, a Rede Sesi de Educação oferece o ensino da robótica em suas sete unidades: Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Corumbá, Maracaju, Aparecida do Taboado e Naviraí.

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