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O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Carlos Augusto Borges – Carlão (PSB), afirmou que o Legislativo vai priorizar projetos relacionados ao transporte público de Campo Grande, ainda no início deste ano. Além disso, durante entrevista ao telejornal Bom Dia MS, da TV Morena, no quadro “Papo das 7:00” desta segunda-feira (30), o vereador ainda contou que vai cobrar qualidade dos ônibus e terminais, considerados “péssimos”.
Carlão é natural de Pedro Gomes, no norte do estado, mudou-se para Campo Grande no final da década de 70. Como líder comunitário, foi eleito vereador pela primeira vez em 2008, está no quarto mandato e hoje ocupa o cargo de presidente do Legislativo campo-grandense.
O legislativo voltar do recesso, em primeiro de fevereiro, temos um tema ai bastante polêmico, o transporte público, isenção de ISSQN para o consórcio guaicurus e o repasse de até um milhão do caixa da prefeitura para custear o passe de alunos da rede municipal. Como o senhor avalia?
Acredito que câmara tem feito sua parte, que tem votado esses projetos em regime de urgência. Essa questão não é só dos empresários, é uma concessão pública. A prefeita e o governo do estado precisam fazer esse subsidio porque têm muitas gratuidades. Você não pode fazer cortesia com o chapéu alheio, você tem que fazer a cortesia e ver como vai ser reposto esse recurso. A câmara tem ajudado a comissão de transportes e tem participado de todas as discussões com o aval da mesa diretora e acredito que esse problema tem que ser resolvido. A prefeitura tem que melhorar os terminais de ônibus, que são péssimos e o consórcio precisa melhorar os ônibus. A gente tem que trabalhar, e vamos trabalhar bastante para resolver esse problema ainda em janeiro, porque se não daqui seis meses teremos novamente greve de motoristas, o que é ruim para a sociedade.
O transporte público de Campo Grande é o segundo mais caro do país, antes mesmo da definição do aumento da passagem. O mesmo é alvo de reclamações, linhas com poucos ônibus, lotados, velhos. Como resolver essas melhorias?
Resolvendo a questão da gratuidade! O consórcio reclama que têm muitas gratuidades e que eles perderam muitos usuários por conta do transporte de aplicativo, além da passagem muito cara. Os ônibus têm péssimas qualidades. Acredito que se melhorarem os ônibus e os terminais e a passagem ficar mais acessível, com certeza vai melhorar. A câmara vai cobrar isso, os vereadores têm ido de madrugadas aos terminais fiscalizando e vamos continuar fazendo isso, para melhorar a questão do transporte que é ruim. A câmara municipal têm votado todos os projetos relacionados ao transporte em regime de urgência.
A prefeita Adriane Lopes têm feito diversas mudanças no primeiro escalão. O senhor acha que essas mudanças tem relação à buscar apoio na câmara de uma base mais sólida, uma indicação parlamentar, nessas mudanças?
A câmara têm visto isso de longe. A prefeita tem que fazer uma gestão que ela entende como técnica e política e a Câmara Municipal de Campo Grande não foi consultada 100%, a gente tem ouvido falar. A mesma ideia da prefeita é da câmara fazer uma cidade melhor, melhorar a vida das pessoas. A câmara tem esse intuído, então não vamos atrapalhar. A câmara é um outro poder, vamos trabalhar independente mas sempre com harmonia – sem briga, sem cassação, isso vai prejudicar a cidade. Vou trabalhar buscando paz e harmonia.
Uma questão que temos questionado os convidados do papo das sete. os atos antidemocráticos de oito de janeiro contra a democracia em Brasília, Como o senhor tem avaliado e como ficou a situação do vereador Sandro Benites que participou de atos antidemocráticos e foi assunto na Câmara Municipal?
Foi aberto um processo e está na procuradoria ainda e o procurador deve sinalizar se vai ou não para o conselho de ética a atitude do vereador. Eu como presidente da câmara, sou à favor do estado democrático de direito. Acho que os poderem têm que ser independentes e cada um cumprindo sua função institucional. Esse negócio de agressão e vandalismo eu sou contra! Os poderes precisam ser respeitados. As pessoas precisam respeitar os candidatos eleitos, a democracia é plena, esse é um caminho para melhorar a vida das pessoas.
Como a câmara deve atuar no aumento no número de pessoas em situação de vulnerabilidade?
O acesso social existe! O governo que entrou, entrou com a ideia de melhorar a questão social, de investir nas pessoas. Então, acredito que se você fizer uma administração volta só para obras, infraestruturas e discursos políticos e não fazer uma administração para atender as pessoas, o ser humano, você não vai diminuir a desigualdade social. Acredito que o novo presidente do país e um novo governador e a prefeita, vão fazer uma política social mais forte. Buscar saber a questão social de cada família, fazer mais habitação, melhorar educação, saúde, espero que o Sandro melhore isso. Porque é triste você ver uma pessoas aguardando até dois anos para poder fazer uma exame. É necessário fazer uma política mais forte.
Em relação as chuvas, enchentes, alagamentos, situações que se repetem em Campo Grande. Como a câmara vê isso?
É ruim isso aí, porque aquela questão alí da Ernesto Geisel com a Euler existe há mais de 10 anos, um problema sério. Já falei com o secretário e isso precisa ser resolvido. é uma obra que envolve muito dinheiro. Vários vereadores têm ido à Brasília buscar recursos e nós temos dado apoio a mesa diretora, fazer uma reunião com a bancada federal e resolver aquelas e outras questões, em outros bairros de Campo Grande. A questão de tubulação feita lá atrás, são de 75 centímetros, teria que ser uma tubulação de 1,5 metro para dar vasão das enxurradas, limpeza de boca de lobo, que não é feita há muito tempo. Eles precisam se atendar a esses problemas, não é só fazer obra política e deixar aqueles problemas. Vamos fazer audiências públicas sobre o assunto, juntar um grupo de vereadores e ir em Brasília buscar recursos e resolver essa questão.
