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Ex-chefão do PCC em Mato Grosso do Sul é preso em São Paulo

Conforme apurado pelo jornal O Estado de São Paulo, Andrei Silva Prates, que chegou a ser um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Mato Grosso do Sul, considerado o “gerente” do tráfico de drogas na região de Itaquera, na zona leste de São Paulo, vulgo “Irmão Pedrinho”, foi preso nesta quarta-feira (14) pela Polícia Civil, em São Paulo.

Conforme a apuração, ele havia sido “remanejado” pela organização criminosa para atuar na capital paulista em 2022.

Durante a operação da polícia, foram apreendidos mais de 2,4 mil porções de maconha, cocaína e crack, em diligências realizadas em três endereços ligados a Prates.

“Além do mandado de prisão temporária que foi cumprido (de 30 dias), ele também foi autuado em flagrante delito por tráfico de drogas”, disse o delegado Luiz Romani, titular do Cerco da 7.ª Delegacia Seccional, da zona leste de São Paulo.

O delegado afirmou que Prates, hoje com 31 anos, começou a atuar para o PCC na capital paulista após ser alvo frequente de operações policiais no Mato Grosso do Sul, seu Estado de origem.

Segundo a Polícia Civil de São Paulo, ele foi preso ao menos três vezes nos últimos 10 anos por roubo de caminhões – fugiu em duas delas. Também foi condenado a 7 anos de prisão por associação criminosa.

“Lá no Mato Grosso do Sul, ele era do alto escalão do PCC, chamado de ‘Sintonia Final’, mas depois de ser um dos alvos de uma grande operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de lá, acabou vindo para São Paulo”, disse Romani.

A ida para Itaquera, segundo ele, ocorreu no ano passado, depois de Prates ter ido para o regime aberto.

Ainda conforme apurado pelo O Estado de São Paulo, na capital paulista, o Irmão Pedrinho passou a ter papel mais modesto dentro da facção criminosa, mas ainda assim desempenhava função relevante dentro da engrenagem do tráfico de drogas, segundo a polícia.

“Ele ficou responsável pelo tráfico na região de Itaquera. Comandava até (entregas) para a região central”, afirmou o delegado. Um dos pontos de abastecimento seria a Cracolândia.

Investigações

As investigações que culminaram na prisão de Prates em São Paulo começaram em fevereiro deste ano.

Desde então, houve a prisão de outros três alvos da Polícia Civil em uma “biqueira” (ponto de venda de drogas) na região de José Bonifácio, também na zona leste. Em comum entre eles, todos se reportavam para o Irmão Pedrinho, também conhecido como “Eclipse” no mundo do crime.

A investigação avançou e a polícia conseguiu chegar a três endereços (dois em Itaquera e um no Parque do Carmo) ligados a ele, que foram justamente os alvos dos mandados de busca e apreensão cumpridos nesta quarta.

“Um deles o Pedrinho usava de ‘casa-bomba’. Ou seja, ele recebia a droga, ali era embalada e, depois, ela era distribuída nas biqueiras”, disse o delegado.

Ao todo, foram apreendidas 2,4 mil porções de droga na operação (1,2 mil de maconha, 911 de cocaína e 311 de “crack”), estimadas em cerca de R$ 25 mil.

Alvo de mandado de prisão, Andrei Silva Prates foi localizado nos arredores de uma das casas e foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. O celular dele também foi apreendido.

Em coletiva de imprensa, o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, comentou a prisão.

“É um importante integrante de organização criminosa e já foi alvo de investigação do Gaeco do Mato Grosso do Sul, por tráfico de drogas e organização criminosa. É mais um golpe no crime”, afirmou. As investigações continuam.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), a somatória das penas de Andrei Silva Prates é de 13 anos e 20 dias em regime fechado.

“Ele começou a cumprir pena, em regime fechado, em presídio de Dourados (MS). O preso fugiu em duas ocasiões. Na segunda, em 2019, foi preso em flagrante em São Paulo, julgado e condenado”, afirmou o órgão, em nota.

O TJ-SP afirmou que as penas de Prates foram unificadas em 2020. No ano seguinte, ele progrediu para o regime semiaberto e em abril do ano passado, para o aberto, com comparecimento mensal ao fórum. O cumprimento de pena terminaria em 2029.

“O preso já foi apresentado no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães e passará por audiência de custódia na tarde de hoje (15)”, acrescentou. A reportagem não localizou a defesa de Andrei Silva Prates.

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