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sábado, maio 4, 2024
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Em quatro anos, Programa Valorização da Vida já atendeu 50 mil pessoas

O programa “Valorização da Vida” já atendeu aproximadamente 50 mil pessoas, entre alunos da Rede Municipal de Ensino (REME) de Campo Grande e seus familiares, professores, trabalhadores da educação, desde que foi lançado há quatro anos. Para mostrar os resultados do trabalho e também aproximar as ações da comunidade acadêmica e população, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), realiza hoje (25) o “II Seminário de Saúde Mental – Compartilhando práticas com o Programa Valorização da Vida”.

O evento reúne em torno de 1 mil pessoas, profissionais da educação, trabalhadores na área da saúde, acadêmicos e representantes de outras entidades. Na abertura, realizada no Clube Estoril, a prefeita Adriane Lopes falou sobre a importância do programa e o cuidado da gestão com as pessoas. “Estamos mudando a realidade das pessoas. Este é um programa que veio para ficar, inúmeras vidas já foram salvas. Eu tenho certeza que este projeto será referência para o Brasil e para o mundo”.

“Somos a única prefeitura e Secretaria Municipal de Educação do país a ter um trabalho de prevenção ao suicídio. Este cuidado tem feito a diferença na vida de muitas pessoas. É de extrema importância falar de saúde mental e estarmos atentos, principalmente com nossas crianças e jovens”, afirmou a secretária municipal de Educação, Alelis Izabel Gomes.

O “Valorização da Vida” tem como missão contribuir para a promoção da saúde mental e da resolução de conflitos vivenciados pela comunidade escolar e atua desde 2018 na prevenção ao suicídio, automutilação, além de prestar atendimento em casos de abuso, depressão e outras doenças relacionadas. Durante o período de pandemia, o atendimento também teve como foco o luto de alunos e servidores – que perderam familiares para a covid-19.

O capelão Edilson Reis, que contribuiu para o início do programa na Semed, também falou da importância de políticas públicas específicas para a prevenção ao suicídio. “Campo Grande se destaca nacionalmente, inclusive nos registros, pois outros lugares escondem os dados. Mas os gestores se preocuparam e por isso é a única Capital do país que tem um programa como este na Secretaria Municipal de Educação, voltado à valorização da vida”.

A Coordenadoria de Psicologia e Assistência Educacional (CPAE) é responsável pelo serviço e conta com equipe multidisciplinar que atua no programa. “Estamos presentes em todas as regiões da cidade, com psicólogas, assistentes sociais e o restante da equipe, fazendo vivências, acolhendo e dando os encaminhamentos necessários”, afirmou a coordenadora do CPAE, Maria de Fátima Vaz.

“Eu conheci o Valorização da Vida por meio de uma ligação, quando uma das psicólogas me ligou perguntando como eu estava. Eu me senti cuidada. Era época de volta para a escola, e eu não conseguia, por ter desenvolvido síndrome do pânico. Eu passei a ser atendida toda semana, de maneira remota, consegui voltar para a escola. Minha vida mudou, só tenho a agradecer”, disse a coordenadora Adriadne Bracco, da EM Professor Vanderlei Rosa de Oliveira, no Bairro Novos Estado.

Parcerias

A Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) é uma das parceiras do Seminário e tem dois programas que são referência no município apresentados por técnicos da Superintendência de Gestão do SUAS no evento. O projeto “ATENDA”, realizado desde 2018 em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), já atendeu mais de 40 pacientes e tem o objetivo de ampliar o acesso e a qualidade da atenção integral à saúde da população em situação de rua, com quadros psíquicos graves, de modo a garantir proteção social.

Por meio de busca ativa e abordagens multidisciplinares, o foco é construir o processo de saída das ruas, proporcionando atendimento intensivo e qualificado, além de possibilitar condições de aproximação à rede de serviços, benefícios assistenciais e promover ações para a reinserção familiar e comunitária. A equipe psicossocial ainda realiza a busca de familiares, para avaliar sobre a possibilidade de reintegração ou se será necessário o encaminhamento para acolhimento e moradia em Residência Terapêutica.

Já o projeto “Cuidando de Quem Cuida” é voltado aos servidores da SAS e busca propiciar ações de reflexão sobre saúde mental e qualidade de vida por meio de oficinas de saúde mental, em parceria com a Universidade Católica Dom Bosco, desenvolvidas por acadêmicos de psicologia sob a supervisão dos docentes da universidade e psicólogos da secretaria. No ano passado as oficinas tiveram a participação de 75 servidores, nas modalidades online e presencial.

“As experiências compartilhadas pelos participantes corroboram para ter uma outra visão sobre a saúde mental”, pontuou a servidora Audete Giareta Montovani. Os técnicos que atuam no projeto também realizam acompanhamento das demandas situacionais dos servidores, fazendo atendimento e escuta qualificada com o intuito de dar suporte aos trabalhadores em suas questões.

Serviço
A sede da CPAE, inaugurada em agosto de 2021, fica na Rua Hermelita Gomes de Oliveira n. 1044, no Bairro Santa Fé, oferece atendimento psicológico e social, e funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h e das 13h às 17h30.

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