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O médico campo-grandense João Pedro da Silva Miranda Jorge, 29 anos, que já foi condenado por homicídio e lesão culposos pela morte da advogada Carolina Albuquerque Machado em 2017 quando dirigia sob efeito de álcool, vai a julgamento no próximo mês de março por cometer outro crime semelhante no ano passado, dois anos depois da sua condenação em 2021.
No caso desse segundo julgamento, no mês de junho do ano passado, João Pedro Miranda bateu seu veículo no carro conduzido por uma mulher de 28 anos em acidente de trânsito, quando também dirigia embriagado, no cruzamento entre a Rua Doutor Paulo Machado e a Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camillo.
Por uma ironia macabra do destino, o segundo acidente provocado pelo médico aconteceu a menos de 100 metros do primeiro, sendo que neste último ele atingiu a lateral de um veículo com sua caminhonete Amarok. Com a batida, a condutora do veículo atingido sofreu lesões e foi socorrida encaminhada para a Santa Casa, onde recebeu alta horas após o acidente.
Inicialmente, na primeira condenação, o médico pegou dois anos e oito meses de detenção, porém, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) aumentou a pena para quatro anos de prisão e fixou o pagamento de R$ 50 mil em indenização, mas ele cumpre a pena em liberdade.
Segundo o boletim de ocorrência do segundo acidente, João Pedro Miranda estava com os olhos vermelhos e cheirava a bebida alcoólica, mas se negou a fazer o teste do bafômetro. O médico foi preso em flagrante por dirigir bêbado, sendo solto um mês depois após pagar fiança de R$ 44 mil.
No último dia 12 de janeiro deste ano, foi publicado no Diário Oficial do TJMS o despacho do juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5ª Vara Criminal de Campo Grande, em que rejeita a absolvição sumária do réu e marca a audiência de instrução e julgamento para as 14h do próximo dia 4 de março.
