Mato Grosso do Sul atingiu em 2024, capacidade instalada total de 9.843 MW de energia, um aumento de 11% em relação ao ano anterior. Desse total, 84,7% corresponde à Geração Centralizada (GC), que inclui grandes usinas hidrelétricas e termelétricas, enquanto 15,3% são provenientes da Geração Distribuída (GD), composta por pequenos geradores, como painéis solares em residências e comércios. A GD, embora represente uma parcela menor em termos de potência instalada, é responsável por 98% dos empreendimentos de geração de energia no estado, com 132.458 unidades em operação, um crescimento de 53% em 2024.
O dados são da Coordenadoria de Transição Energética, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciencia, Tecnologia e Inovação (Semadesc) que traz um panorama atualizado da geração de energia elétrica no Estado, compilado com base nas informações do Sistema de Informações de Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica (SIGA). O levantamento, segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Jaime Verruck revela um cenário promissor e em constante evolução, marcado pela diversificação da matriz energética e pelo crescimento das fontes renováveis.
“A matriz energética do Estado se destaca pela forte presença de fontes renováveis, que respondem por 94,1% da capacidade instalada. A energia hídrica lidera com 54,5%, seguida pela biomassa (24,3%) e pela energia solar (15,3%). As fontes fósseis, por sua vez, representam apenas 5,9% do total, refletindo o compromisso do estado com a sustentabilidade e a transição para uma matriz elétrica mais limpa”, salientou Verruck.
A Geração Centralizada, que inclui usinas de grande porte, conta com uma potência outorgada de 11.832 MW, dos quais 70% já estão em operação. Destaque para as usinas hidrelétricas, que respondem por 64% da capacidade instalada em operação, seguidas pelas usinas de biomassa, com 28%. Além disso, há um significativo número de projetos em desenvolvimento, principalmente usinas solares, que representam 88,8% da potência em construção ou planejada.
Já a Geração Distribuída, que permite a produção de energia próxima ao local de consumo, tem como principal fonte a radiação solar, responsável por 99,7% da potência instalada nessa modalidade. Os consumidores residenciais são os maiores protagonistas, representando 45% da potência instalada e 81% dos empreendimentos. Campo Grande, Dourados e Três Lagoas são os municípios que mais se destacam em termos de capacidade de geração distribuída.
De acordo com o secretário, a Coordenadoria de Transição Energética da Secretaria de Meio Ambiente tem sido fundamental na compilação e análise desses dados, fortalecendo a formulação de políticas públicas e estratégias que visam ampliar a participação das energias renováveis na matriz elétrica do estado. “Com uma matriz cada vez mais diversificada e sustentável, Mato Grosso do Sul se consolida como um exemplo na transição para um futuro energético mais limpo e resiliente”, conclui Verruck.
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