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quarta-feira, novembro 27, 2024
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Sinticop-MS denuncia ação de agenciadores de trabalhadores do Nordeste em Ribas do Rio Pardo

O Sinticop-MS (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral de Mato Grosso do Sul) denuncia a ação de agenciadores de mão de obra, os conhecidos “gatos”, no município de Ribas do Rio Pardo, onde a Suzano está construindo a maior fábrica de celulose do mundo, denominado de “Projeto Cerrado”.

Segundo o presidente do Sinticop-MS, Walter Vieira dos Santos, que representa os trabalhadores da obra do “Projeto Cerrado”, esses “gatos” estão recrutando trabalhadores da área da construção civil nos Estados da Região Nordeste para atuar no município de Ribas do Rio Pardo.

“Esses trabalhadores são recrutados por esses agenciadores, que enchem dois, três ônibus com a promessa de emprego garantido e salário acima de R$ 3 mil, mas, quando eles chegam a Ribas do Rio Pardo, encontram outra realidade. Os salários são menores e muito deles não conseguem o emprego garantido pelo gato”, alertou Walter dos Santos.

Ele revelou que chegou até o Sinticop-MS a denúncia de que pelo menos 150 foram deixados em um hotel de Campo Grande para aguardar a viabilização de um retorno dos seus Estado de origem na Região Nordeste. “Os agenciadores não cumpriram a promessa do emprego”, argumentou.

Walter dos Santos revelou que a maioria dos trabalhadores acusa a empresa Inês Engenharia de contratar esses agenciadores para trazer mão de obra qualificada da Região do Nordeste aqui para Mato Grosso do Sul, que tem déficit de trabalhadores especializados para obras de grande porte.

“O Sinticop-MS vai tomar todas as medidas possíveis para ajudar esses trabalhadores e já estamos preparando a denúncia ao MPT (Ministério Público do Trabalho). O órgão vai apurar a situação e dará assistência a todos esses trabalhadores que tiveram falsas promessas de emprego. Hoje, alguns deles estão passando fome, pois não têm dinheiro nem para comprar comida, quanto mais para comprar uma passagem de ônibus para voltar para seus lares”, lamentou.

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