Noções Básicas sobre os energéticos biogás/biometano, a perspectiva do mercado de distribuição e produção com apresentação de case de sucesso, foram os temas abordados na capacitação do comitê biogás/biometano criado pela AGEMS, Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul para discutir, estudar e fomentar essa potência energética para o Estado nos próximos anos.
O evento foi realizado no Senai e contou com palestrantes renomados no assunto e integrantes das instituições parceiras da comissão, a Semadesc, Imasul, Sefaz, FIEMS, MSGÁS e Energisa.
“A AGEMS pensou nesse comitê para simplesmente trocar experiências e adquirir conhecimento com quem sabe, pois conhecimento nunca é demais, mesmo quando se trata de algo novo. A AGEMS quer colaborar com quem precisa e está a disposição de todos os parceiros, sempre com o objetivo maior de trabalhar para que o Estado do Mato Grosso do Sul avance ainda mais nesse sentido”, afirmou o diretor-presidente da Agência de Regulação, Carlos Alberto de Assis, durante a abertura do evento.
Fontes renováveis e a Regulação
Como é prerrogativa do Estado desempenhar os serviços locais de gás canalizado, os estudos já estão avançados e procedimentos técnicos estão sendo definidos para a regulação dessa atividade. Isso permitirá a injeção do biometano na rede de distribuição de gás local, ampliando a participação das fontes renováveis alternativas na matriz elétrica de Mato Grosso do Sul.
“O Estado e a Agência têm incentivado a busca de fontes renováveis alternativas de geração de energia, por isso estamos estabelecendo diretrizes para programas específicos, promovendo capacitações e estratégias para desenvolver esse setor no Estado”, explica o diretor de Gás e Energia da AGEMS, Valter Almeida.
Expertise
Com experiência de 20 anos em resíduos, efluentes e biogás no desenvolvimento de tecnologias, o doutor em saneamento, especialista da ONU e Diretor executivo da Methanum (Grupo Adecoagro), Luís Felipe de Dornfeld Colturato, destacou em princípios básicos o Biogás e suas fontes (proteína animal; resíduo sólido urbano/saneamento; e informações complementares do setor sucroenergético).
“O biogás vai contribuir ainda mais para que o Brasil seja realmente essa potência de renováveis a nível mundial”, destaca Colturato ao citar os avanços tecnológicos que permitiram os estudos do biometano na Europa e consequentemente aqui no Brasil.
A engenheira e gerente de produção da MSGÁS Regiane Schio falou sobre a perspectiva do mercado de distribuição do biometano no Estado e o estudo que a empresa responsável tem buscado junto com a Agência de Regulação.
Gerente Corporativo de Suprimentos da Adecoagro, Mariano José de Santis, apresentou um case de sucesso realizado pelo empreendimento na usina de Ivinhema-MS a partir do setor sucroenergético através da vinhaça – composto químico líquido que surge através do processo industrial que transforma a cana-de-açúcar em álcool.
A usina em Ivinhema produz 4,2 milhões de m³ de biogás, que é transformado em energia térmica é utilizado na geração de energia elétrica e já foi premiada pelo MAPA, com o Selo Integridade, destinado a empresas que desenvolvem boas práticas de integridade com responsabilidade social, ética e sustentável.