Um forte nome na disputa pela Prefeitura de Campo Grande nas eleições municipais deste ano, a titular da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e presidente do União Brasil em Mato Grosso do Sul, Rose Modesto, informou ao Correio do Estado que somente após o Carnaval definirá seu futuro político.
Como neste ano a festa pagã mais celebrada pelos brasileiros será de 9 a 14 de fevereiro, somente na segunda quinzena do próximo mês a ex-deputada federal anunciará se será ou não candidata a prefeita da Capital no pleito do dia 6 de outubro.
“Sobre a minha candidatura ou não à prefeitura municipal, só posso dizer que a minha decisão será anunciada depois do Carnaval, mas a data ainda não fechou. Eu estou decidindo isso com o diretório nacional do União Brasil para poder organizar tudo”, declarou.
Rose Modesto explicou à reportagem que, até depois do Carnaval, as lideranças nacionais do partido já terão em mãos as últimas pesquisas qualitativas e quantitativas sobre a disputa pela cadeira de chefe do Executivo municipal de Campo Grande.
“A minha intenção e a do diretório nacional do partido é tomar uma decisão amparada nas pesquisas que foram encomendadas. Portanto, pelo momento, só posso garantir que em fevereiro terei a minha definição sobre a pré-candidatura ou não em Campo Grande”, argumentou.
Ela pontuou ainda que está preparada, tanto para ser a pré-candidata do União Brasil na Capital quanto para não ser, porém, já recebeu aceno do governo federal para retornar ao cargo de titular da Sudeco caso saia candidata e não vença o pleito.
Baixa rejeição
Nas últimas pesquisas de intenções de voto para a Prefeitura de Campo Grande, o nome da ex-deputada federal tem aparecido entre os favoritos ao cargo, além disso, sua rejeição é uma das menores na comparação com as de outros postulantes ao cargo, o que a credencia para uma vaga no segundo turno.
Outro ponto positivo para a candidatura dela é o fato de o União Brasil, por ser um dos partidos com o maior número de deputados federais no Congresso Nacional, ter direito a um maior porcentual da verba do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), mais conhecido como Fundo Eleitoral, além de mais tempo de rádio e de televisão para a propaganda eleitoral.
A força de Rose é tanta que o nome dela chegou a ser cogitado para ser cabeça de chapa em uma frente ampla de partidos aliados ao PT do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Ela chegou a ser apontada como a candidata ideal para construir uma boa base de apoio para as eleições de 2026.
A explicação seria pelo fato de a ex-deputada federal ser evangélica, mulher e ter boa aceitação em segmentos populares, inclusive naqueles que mesclam tendências conservadoras para o comportamento, mas progressistas para políticas sociais.
Além disso, à frente da Sudeco, ela aproximou-se dos setores empresarial e do agronegócio, abrindo as portas de um segmento que nunca foi o seu forte. Rose é um dos poucos nomes capazes de agregar uma frente ampla de partidos, unindo partidos da esquerda, como PT, Psol e PDT, a partidos mais de centro-direita, como PSB e MDB.
Um dos “padrinhos” de Rose Modesto para assumir o comando da Sudeco, o deputado federal Vander Loubet (PT), que é o atual coordenador da bancada federal de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional, sabe do potencial da ex-colega de bancada.
“Sempre tive uma ótima relação com ela e acredito que a Rose é um excelente nome para muitas eleições que virão pela frente”, disse o parlamentar sul-mato-grossense ao Correio do Estado no ano passado.