A Arquidiocese de Campo Grande promoveu, ao longo do dia de ontem (30), uma programação especial alusiva ao Dia de Corpus Christi, um evento religioso que não apenas uma expressão de fé, mas que também que fortalece laços comunitários e preserva tradições culturais.
Logo nos primeiros horários da manhã, a partir das 7 horas, fieis estavam pelas ruas do Centro de Capital para a habitual confecção dos tapetes coloridos à base de sal, uma expressão artística de devoção e fé.
Inúmeros voluntários prepararam pelo menos 1.300 metros de tapetes com desenhos e símbolos que remetem o devotamento católico popular.
Até a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), participou da atividade. “Dia de sol em Campo Grande, o frio deu uma trégua e as famílias foram para as ruas, confeccionar os tradicionais tapetes de Corpus Christi. E vou dizer para vocês, é difícil escolher um, que trabalho lindo, dá pra notar que são feitos com amor e muita fé”, declarou.
Segundo a religião católica, os tradicionais tapetes de sal, remetem ao momento em que Jesus entrou triunfalmente em Jerusalém, além de de comemorar a data que chegou ao Brasil.
Os tapetes são feitos não apenas de sal, mas de outros materiais, como serragem, pó de café, especiarias e areia. A ação contou com a presença da prefeita Adriane Lopes.
Na sequencia, a partir das 15h, foi realizada a celebração eucarística, com o tema “Vinde e vede, Ele está no meio de nós”. Segundo os organizadores, a missa que aconteceu na Praça do Rádio Clube, reuniu cerca de 30 mil fiéis, um dos principais eventos realizados pela Igreja Católica, que celebra o corpo e o sangue de Cristo, uma homenagem ao ritual da Eucaristia, devoção católico realizada durante as missas.
A Santa Missa foi liderada pelo Arcebispo Metropolitano Dom Dimas Lara Barbosa e uniu fiéis de todas as 51 paróquias da Arquidiocese de Campo Grande.
“Desde pequena sempre vim acompanhada da minha família. Para mim, representa um momento de espiritualidade com Deus, de sentir Vossa presença. É um fortalecimento da fé, com a força de tanta gente com o mesmo propósito, uma corrente”, disse Daniela Ferreira, pedagoga moradora do Bairro Los Angeles.
Para a auxiliar administrativa e professora de capoeira, Lígia Pereira da Silva, a data é momento de auge da fé para os católicos. “É momento de expressarmos verdadeiramente que e corpo e o sangue de Cristo nos salvou do pecado”, disse a moradora do Bairro Tiradentes. “É o fortalecimento da nossa fé, e a perseverança da nossa espiritualidade. E isso se torna ainda mais forte com tanta gente reunida, com o mesmo propósito”, aponta Lucca, de 12 anos.
Para o casal de aposentados, Jardimira e Dorvalino Rodrigueiro, o evento é única e exclusivamente de fortalecer o sentimento pregado por Cristo: o amor. “É além do fortalecimento da fé, é a comprovação do sentimento maior deixado por Cristo, que é o amor incondicional, amai uns aos outros: somos todos irmãos”, compartilhou.
“É o momento de resgatar uma necessidade que todos nós precisamos, mas que o mundo quer que deixamos de lado: o carinho. Quem hoje no mundo não precisa de uma atenção, um acolhimento, um ombro amigo. É preciso sempre deixar vivo esses valores pregado por Cristo”, relembrou Dorvalino, morador da Vila Progresso com sua esposa.
Logo após o término da missa, os fiéis realizaram a Procissão Solene, que saindo da Praça do Rádio, seguiu pela Av. Afonso Pena até o Memorial da Cultura e da Cidadania (Antigo Fórum). A palavra Corpus Christi vem do latim, que significa “Corpo de Cristo” ou “Corpo de Deus”. A tradição diz que Jesus, na véspera de sua crucificação, se reuniu com os apóstolos na ceia e instituiu a Eucaristia.