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Uma semana após ter sido reconduzido à presidência da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul), o senador Nelsinho Trad (PSD/MS) enfrentou, nesta quinta-feira, o desafio de defender a agenda do Parlasul e a pauta parlamentar o Acordo Mercosul-União Europeia no Simpósio Altiero Spinelli em Buenos Aires, na Argentina. “O envolvimento de parlamentares facilita e agiliza a incorporação das normas do Mercosul e a harmonização destas com o direito interno dos países membros”, destacou o parlamentar sobre a importância do Parlasul em negociações.
Este evento promovido pela associação civil Democracia Global (movimento pela união sul-americana e o Parlamento mundial), a Fundação Altiero Spinelli e a Cátedra Altiero Spinelli discute sobre a integração regional na América Latina e o estado atual do acordo Mercosul-UE, além de propostas para moeda única comunitária. São diversos e destacados palestrantes distribuídos em cinco mesas ao longo dos dois dias de simpósio. Um deles foi o senador Nelsinho Trad, no fórum democrático.
O parlamentar sul-mato-grossense abordou questões críticas referentes ao aditivo ao Acordo Mercosul-UE, expressou preocupações sobre o foco da União Europeia em protecionismo agropecuário, questões ambientais, trabalhistas e de governança e destacou a necessidade de um olhar mais amplo. “As principais objeções da UE se direcionam à poluição e à perda da biodiversidade em terra. Não há nenhuma menção à proteção do mar. Isso porque a subsidiadíssima indústria pesqueira europeia é notoriamente predatória e grande responsável pela poluição dos oceanos por plásticos e outros resíduos”, lembrou.
O senador Nelsinho Trad citou ainda a importância de abordar violações dos direitos humanos e trabalhistas dos emigrantes sul-americanos na Europa. “Por sinal, a legislação brasileira sobre a imigração é avançadíssima em relação à europeia, mas o acordo não obriga a UE a segui-la”, disse.
Rota Bioceânica, o novo canal do Panamá no Brasil
Defendendo os interesses econômicos de Mato Grosso do Sul, o senador falou ainda sobre o corredor bioceânico, que ligará os oceanos Atlântico e Pacífico, e questionou sobre o controle aduaneiro na ponte sobre o Rio Paraguai e os controles de passageiros e cargas. “Precisamos escolher se o caminhão faz uma parada rápida ou várias paradas. Queremos uma logística eficiente que facilite o transporte, pensando no melhor para nossa região e nosso comércio. Precisamos modernizar – com a digitalização de formulários, por exemplo – e simplificar, focando em segurança e rapidez para todos.”
