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quinta-feira, abril 25, 2024
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Mutirão põe fim a fila de espera e oportuniza o diagnóstico adequado para evitar a cegueira em pacientes diabéticos

Presente em quase 7% da população brasileira, a diabetes pode trazer inúmeras complicações aos portadores da doença, como a Retinopatia Diabética, uma das maiores causas de cegueira em pessoas jovens em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Com objetivo de zerar fila de espera e oportunizar o diagnóstico adequado aos pacientes diabéticos do SUS, teve início neste sábado (20) um mutirão que deve atender mais de 400 pessoas com exames de mapeamento de retina, através da parceria da Prefeitura de Campo Grande e do Hospital São Julião e iniciativa do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia).

O prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad esteve durante a manhã no hospital acompanhando os atendimentos e destacou a importância de ampliar o acesso da população aos serviços de saúde, de forma mais célere e eficiente, oportunizando o dianóstico e o tratamento precoce das doenças.

“Temos trabalhado para garantir que as pessoas tenham o acesso a saúde e um atendimento de qualidade. Através de parceriais como esta,é possível garantir que estes pacientes sejam atendido com mais brevidade e, se necessário, encaminhados para passar por um procedimento evitando assim complicações futuras”, diz

A médica oftalmologista Vanessa Barbieri, responsável por coordenar o mutirão, explica que os atendimentos ocorrente hoje e no próximo sábado (27), sendo esperados por dia cerca de 200 pacientes de Campo Grande e do Estado encaminhados pela regulação. A intenção é prevenir a retinopatia diabética, considerada uma das principais causas de cegueira evitável, e dar o encaminhamento para aquele paciente que necessita de atendimento imediato.

“Como muitas vezes os estágios iniciais da retinopatia diabética não apresentam sintomas é necessário que seja feita essa avaliação. Com o diagnóstico precoce, já existem tratamentos capazes de impedir a progressão da retinopatia diabética e, em alguns casos, até recuperar parte da visão perdida.”, completa.

A médica também está conduzindo um projeto de pesquisa, visando a oferta do procedimento na Atenção Primária, com o uso de um retinógrafo portatil, que faz exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem necessidade de dilatação da pupila. O trabalho já foi iniciado na USF Moreninhas e estuda-se a possibilidade de expandir para outras unidades.

O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, lembra que a realização dos atendimentos em regime de mutirão está sendo possível graças a estabilização no número de casos e óbitos provocados pela Covid-19, razão pela qual também abre-se a possibilidade da retomada gradativa da realização dos procedimentos eletivos que até então estavam suspensos.

“Com isso é possível reduzir significativamente ou até mesmo zerar a fila, como é o caso deste procedimento em específico que está sendo ofertado em parceria com o Hospital São Julião, assegurando o atendimento de forma imediata a estes pacientes, fazendo o diagnóstico e dando o devido encaminhado”, diz.

Os pacientes que necessitarem, serão agendados para a realização de procedimentos de fotocoagulação a laser e cirurgias vítreo retinianas.

Doença

Associada a alterações nos níveis de glicose no sangue e a danos nos pequenos vasos da retina de pessoas diabéticas, a retinopatia diabética pode, no pior dos casos, levar à cegueira.  A doença é a principal causa da perda de visão entre pessoas de 20 a 64 anos de idade, segundo o CBO.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), mais de 10 milhões de brasileiros têm problemas associados à enfermidade – número que a entidade diz acreditar que pode ser maior, considerando a subnotificação de casos.

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