A idosa Joana Ramos Milani, 84 anos de idade, aguarda há mais de uma semana na “Unidade de Pronto Atendimento Dra. Aparecida Gonçalves Saraiva”, mais conhecida como UPA Universitário, por uma vaga em hospitais de Campo Grande (MS). De acordo com o filho da idosa, Luiz Augusto Milani, a mãe está com uma infecção grave em um dos pulmões.
“Vários idosos aqui estão na mesma situação da minha mãe, ou seja, precária com a enfermaria lotada. Já procuramos a assistência social e nada foi feito e a nossa preocupação é com o tempo que ela já está aqui na UPA Universitário”, alertou, lembrando que o Ministério da Saúde estabelece que um paciente só pode ficar em observação em uma UPA por até 24 horas e, depois, tem de ser transferido para um hospital.
Luiz Augusto Milani disse que está receoso, pois já passou de uma semana que a mãe está na UPA Universitário e sem andar. “Além disso, ela tem tido lapsos de confusão mental e a infecção no pé, que preocupa por conta da diabetes. Os médicos já avisaram que na UPA não tem estrutura e até pensamos em levá-la para casa para dar continuidade ao tratamento, mas eles falaram que não tem jeito, que ela precisa ir para um hospital”, declarou.
O problema é que os três maiores hospital de Campo Grande afirmam que trabalham acima da capacidade e enfrentam problemas para atender a demanda. A Prefeitura de Campo Grande respondeu que está tentando agilizar a transferência da paciente assim que for aberta uma vaga nos hospitais do município, porém, já são mais de sete dias que ela está na UPA Universitário.