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Gestante implorou pela vida de bebê enquanto era estuprada por “Maníaco do Parque das Nações Indígenas”

Após a prisão de José Carlos Santana Júnior, mais conhecido como “Maníaco do Parque das Nações Indígenas”, uma das vítimas quebrou o silêncio ontem (3) e contou na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) que mesmo tendo dito que estava grávida não a livrou de ser estuprada.

No dia 16 de junho de 2021, em torno de 19h40, ela disse que foi abordada pelo psicopata, que aparentava estar fazendo caminhada na região do Bairro Tijuca, lhe atacando pelas costas com um tapa “no pé do ouvido”, que a derrubou no meio do mato.

O maníaco arrastou a vítima pelos cabelos, que à época tinha 40 anos e estava gestante, mata adentro. Acreditando se tratar de um assalto, ela chegou a entregar o celular, mas o maníaco hostilizou o gesto. “Para quê? Para você sair gritando aqui e todo mundo ouvir?”, questionou.

Neste momento, a mulher revelou que estava grávida de seis semanas e ainda assim terminou sendo violentada. Ainda durante o estupro, a vítima disse para o criminoso pensar na mulher que ele teria na casa dele e nos possíveis filhos. “Não faz nada comigo não. Porque esse filho é a razão da minha vida. Eu preciso ter esse filho. Não deixa eu perder meu filho não”, relatou.

Após cometer vários atos libidinosos contra a vítima, o “Maníaco do Parque das Nações Indígenas” pegou uma camisinha e, ao ser confrontado, mandou que ela se vestisse e deixasse o matagal. A mulher foi imediatamente para a Deam para fazer o boletim de ocorrência.

Enquanto aguardava a elucidação do caso, a vítima relatou que recebeu total apoio da Deam e que as investigadoras estavam sempre em contato, demonstrando que o caso não caiu em esquecimento.

Em setembro, José Carlos Santana Júnior cometeu outros quatro crimes no período em que esteve solto e foi preso no fim da tarde de segunda-feira (2). Em 2007, o maníaco foi acusado do abuso de mais de 10 mulheres, entretanto, o fato de ter conseguido se graduar e concluir a pós-graduação no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) conseguiu remição da pena, voltando para as ruas.

Modo de ação

Conforme a delegada Analu Lacerda Ferraz, o criminoso não monitorava as mulheres e escolhia suas vítimas de modo aleatório. Ele costumava agir principalmente nos primeiros horários da manhã, momento em que muitos estão a caminho ou chegando no trabalho.

Ela detalhou que o caso que levou até ao paradeiro do “maníaco” foi um crime que aconteceu próximo ao antigo Habib’s, na região central, quando abordou a vítima por volta das 7 horas. Diante do relato em boletim de ocorrência, a equipe da Deam foi atrás de imagens e do monitoramento urbano com a Guarda Municipal para tentar identificar o autor.

Nas imagens, foi possível encontrar uma gravação do momento em que José Carlos colocava a mulher no carro, veículo esse identificado pela vítima. “Conseguimos imagens de uma tentativa de estupro que mostra nitidamente o rosto dele, só que esse ele não conseguiu consumar porque ela correu. Ele fingia que estava falando no celular, abordava as vítimas fazendo menção que estava armado, e aí ele cometia o crime”, frisou.

Identificado o veículo, e posteriormente a placa, foi possível levantar que o carro estava no nome do pai do criminoso. Agora, o Gol branco está apreendido e passará por perícia, já que o autor praticava os crimes sexuais em seu interior e em plena região central. “A partir do momento que a gente consegue pegar a placa do veículo, a gente também consegue pegar uma Câmera que ele coloca a menina dentro do carro e fica cerca de 20 minutos com essa menina dentro do carro, ali na Afonso pena”, detalhou.

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