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Armado com quatro facas e uma marreta, um adolescente, de 15 anos,atacou uma mulher dentro da Escola Municipal Bernardo Franco Baís, na avenida Calógeras, após o meio-dia desta quinta-feira (18). A vítima é mãe de um aluno da instituição e deixava o menino para as aulas no momento do crime.
De acordo com as informações repassadas pelo tenente do Corpo de Bombeiros Militar, Rafael Ribeiro, o suspeito foi contido por um guarda municipal e pelo instrutor de badminton, que dá aula na escola, inclusive treina o esporte na escola com o filho da mulher atacada.
Ainda segundo as informações que se tem até o momento, o menor de idade, após ferir a mulher, tentou entrar no espaço em que teria acesso aos alunos. Ainda se investiga se ele teria intenção de realizar um massacre ou se tinha uma vítima específica no colégio.
O suspeito é ex-aluno da escola onde aconteceu o caso e usava um uniforme da Rede Estadual de Ensino, para onde se transferiu após completar o ensino fundamental. O suspeito não tem ocorrências em sua ficha escolar, não foi expulso da escola e apenas estava estudando em outra instituição para fazer o Ensino Médio.
Em entrevista coletiva nesta tarde, após todas as medidas imediatas serem tomadas, o titular da Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande, informou que o rapaz entrou na escola, mas não teve acesso à área onde os alunos esperavam pelo início das aulas.
O ataque foi feito perto da secretaria, onde os pais aguardam os filhos quando vão buscar ou deixar os filhos antes e após as aulas. Embora, em nota, a prefeitura insiste em afirmar que o crime aconteceu fora da unidade escolar e que os portões foram fechados imediatamente para impedir que ele entrasse no prédio.
O adolescente foi levado para a Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (DEAIJ), onde prestou esclarecimento e será encaminhado para uma Unidade Educacional de Internação. A mãe do suspeito também precisou depor.
A vítima, que não teve a identidade revelada, tem 46 anos. Ela foi esfaqueada na lombar e foi encaminhada para a Santa Casa, contudo, o hospital disse que a família da mulher restringiu as informações sobre o estado de saúde dela para a imprensa.
“Além do material que ele utilizou, os outros materiais estavam na mochila”, disse o tenente do Corpo de Bombeiro.
Até o fechamento desta matéria não havia um posicionamento oficial da Semed sobre a manutenção ou não das aulas para amanhã. Na tarde de hoje, os pais foram informados de que poderiam buscar seus filhos, mas as aulas seguiram normalmente.
Segundo apurado pela reportagem, quando os pais questionaram sobre a continuidade das aulas nesta semana, um funcionário da unidade disse apenas “para acompanharem pelas redes sociais”.
Todas as circunstâncias e motivações do agressor ainda estão sendo apuradas pela polícia.
