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sábado, maio 4, 2024
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Enquanto as obras de duplicação não saem do papel, BR-163 tem aumento de 15% nos acidentes fatais

O que parecia ser o fim de uma triste situação para quem se utiliza do trecho da BR-163 que corta Mato Grosso do Sul, que ficou conhecida como “Rodovia da Morte”, a concessão da estrada federal para CCR MSVia não surtiu o efeito esperado.

O número de mortes na mais movimentada rodovia do Estado aumentou em pelo menos 15% na comparação de 2022 com 2023, saltando de 53 para 61 registros, ficando próximo ao número registrado no primeiro ano depois da privatização da estrada.

Mas, apesar da piora, os números ainda são melhores que os anteriores à privatização. Conforme a CCR MSVia, no primeiro ano de concessão, o número de mortes caiu de 92 para 62 no local do acidente.

A duplicação de alguns trechos, de 150 quilômetros e a maior agilidade no socorro às vítimas de acidentes estão entre as principais explicações para a retração no número de mortes. Porém, é necessário destacar que os números são referentes somente às mortes no local do acidente.

Pessoas que são socorridas e morrem a caminho do hospital ou depois de internadas, acabam não sendo computadas. E a agilidade nos resgates são apontados como principal fator para a melhora dos números depois da privatização.

Para renovar o contrato de concessão com a CCR MSVia falta somente o aval de um dos ministros do Tribunal de Contas da União e a previsão é de que a partir de abril sejam retomadas as obras de duplicação e implantação de terceira faixa.

A rodovia foi privatizada em 2014 e ainda restam 20 anos para o término. Na repactuação, devem ser acrescidos mais 15 anos a esse contrato original. A promessa é de que pelo menos mais 190 quilômetros sejam duplicados, incluindo o anel viário de Campo Grande, e outros 160 recebam faixas de apoio nos locais de aclive para agilizar o tráfego e facilitar as ultrapassagens.

O prazo para que esses investimentos, que devem ser da ordem de R$ 12 bilhões em 35 anos, tivessem início ainda em janeiro. Porém, esta previsão já está descartada, pois ainda falta aval do Tribunal de Contas da União para a assinatura do contrato de repactuação.

O crescimento no número de mortes supera inclusive o índice das demais rodovias federais no Estado, que foi de 6,5%. No ano passado, 167 pessoas morreram vítimas de acidentes. Neste ano, o total passou para 178, conforme dados preliminares da Polícia Rodoviária Federal.

Os dados da PRF mostram que a quantidade de acidentes na BR-163 teve um ligeiro recuo, mas a gravidade aumentou. Em 2022 foram 824 registros, ante cerca de 740 neste ano, apontando queda da ordem de 10%.

A gravidade das ocorrências no anel viário de Campo Grande, onde pelo menos dez pessoas morreram neste ano, sendo a maior parte pilotos ou ocupantes de motocicletas, ajuda a explicar o aumento no número de mortes, apesar do recuo na quantidade de acidentes.

Em segundo lugar no ranking das rodovias com maior número de mortes está a BR-262, que corta o estado de leste a oeste, começando em Três Lagoas e indo até Corumbá. Ao contrário daquilo que aconteceu na BR-163, nesta houve recuo na quantidade de mortes.

No ano passado, haviam sido 44 óbitos, contra 39 registros neste ano, de acordo com os dados preliminares da Polícia Rodoviária Federal. Isso significa um recuo da ordem de 11%.

A BR-158, na região leste do Estado, que recentemente passou aos cuidados da iniciativa privada, seguiu caminho inverso ao da 262. No ano passado houve 11 mortes. Neste ano, o número saltou para 18, o que corresponde a alta de 63%

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