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Na última segunda-feira, dia 28, profissionais médicos de todo o Brasil se congregaram no Hotel Deville Prime, em Porto Alegre, para um encontro de âmbito nacional cujo foco era a reflexão sobre a direção da Educação Médica no país.
Promovido pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e pela Federação Médica Brasileira (FMB), o evento trouxe à tona a questão crucial: “O que queremos para a Educação Médica do país?”
A discussão central girou em torno da disseminação indiscriminada de cursos de medicina pelo país. Os participantes abordaram a importância de direcionar a discussão para a qualidade da formação dos profissionais médicos, em vez de focar apenas na quantidade em âmbito nacional – uma visão compartilhada pelo deputado federal Dr. Luiz Ovando e outros deputados da FPMed que participaram do evento.
Médico há 48 anos, Ovando enfatizou: “A atenção deve se voltar para o modo como os futuros médicos estão sendo preparados”, uma preocupação essencial para todos os envolvidos no setor médico.
O deputado Dr. Luiz Ovando, também presidente da Frente Parlamentar de Valorização do Clínico e Resgate da Identidade Médica, argumentou que “a qualidade da formação está intrinsecamente ligada à definição clara e objetiva de critérios de avaliação.
Uma qualificação docente robusta é fundamental para proporcionar aos estudantes de medicina um ambiente prático e proveitoso”, completou. Ele alertou sobre a criação de cursos que não passam por um processo avaliativo adequado e colocam a busca pelo lucro acima da qualidade da formação médica.
Dr. Luiz Ovando expressou preocupação com o fato de que, mesmo com a moratória estabelecida em 2017 pelo ex-presidente Michel Temer, que proibiu a abertura de novas vagas, mais de 30 mil novas vagas de medicina foram autorizadas no país.
Ele enfatizou que essas vagas foram abertas sem critérios claros, resultando em um desequilíbrio na distribuição geográfica das oportunidades educacionais. O deputado ressaltou que a falta de critérios e distribuição justa impactam diretamente a qualidade do atendimento médico oferecido à população, reforçando a necessidade urgente de debater a questão com seriedade e comprometimento.
Neste encontro nacional, ficou evidente que o futuro da Educação Médica no Brasil deve ser moldado com base em critérios rigorosos, buscando assegurar uma formação médica de alta qualidade e uma distribuição equitativa de cursos por todo o território nacional. “Somente assim será possível garantir que a população brasileira seja atendida por profissionais bem preparados e capazes de oferecer um cuidado médico eficaz e seguro”, finalizou.
