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sexta-feira, abril 19, 2024
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Contaminação na água e liberação de agrotóxicos ferem direitos humanos, avalia Kemp

A contaminação de solos e da água com substâncias tóxicas é uma realidade crescente no Brasil. Recentes dados divulgados pelo Mapa da Água – Repórter Brasil, foram repercutidos na tribuna durante sessão desta quarta-feira (10) pelo deputado Pedro Kemp (PT), em que revelam quatro cidades de Mato Grosso do Sul com níveis de químicos na água acima do limite seguro para o ser humano: Campo Grande, Dourados, Glória de Dourados e Costa Rica.

“Altos índices, por exemplo, de nitrato, comprovadamente cancerígeno para humanos, utilizado na fabricação de fertilizantes e medicamentos. Só o governo de Jair Bolsonaro liberou mais de 1.500 novos agrotóxicos no Brasil, alguns desses proibidos em outros países. Estamos falando do direito à vida e com saúde. Já fizemos audiência pública aqui na Assembleia Legislativa sobre o impacto da utilização desses pesticidas no meio ambiente e na saúde e ficamos muito impressionados com os resultados das pesquisas. Temos relações comprovadas entre agrotóxicos e câncer, doenças neurodegenerativas e mentais. O consumo através da água e dos alimentos é série e é preciso abrir uma discussão também relacionada à fiscalização”, disse Kemp.

Para o parlamentar, as recentes apreensões de contrabandos de agrotóxicos divulgadas pela imprensa mostram a dimensão do problema. “As apreensões no Mato Grosso do Sul, de produtos contrabandeados, muitos deles proibidos no Brasil, mostra que precisa ter intervenção no que tange o risco da contaminação. Temos uma calamidade, o grau de contaminação é assustadora, sistêmica, tanto na água como nas pessoas que lidam diretamente com esses produtos. Defendemos uma rede que nos possa dar segurança. Essa é uma questão de direitos humanos violados”, afirmou.

Kemp relembrou que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do planeta em volume de produtos e convive com cerca de oito intoxicações por dia no Brasil, sendo a possibilidade do número ser ainda maior, em razão da subnotificação. Em relação à água contaminada, o deputado afirmou que a concessionária responsável por Campo Grande, Águas Guariroba emitiu nota afirmando que houve erro de digitação nos dados que acabaram por incluir a capital no mapa com maiores índices. Já a responsável pelo serviço nas outras cidades do Estado, Sanesul, disse que esclareceu que não consta em base de dados do governo federal relatório que aponte a presença do agente químico nitrato. Acesse completo aqui.

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