O desafio da Agência Estadual de Regulação (AGEMS) de mobilizar estudantes de escolas públicas a serem agentes de transformação pela sustentabilidade ultrapassou a fronteira das turmas tradicionais e chegou, de forma inédita, aos alunos mais velhos, jovens e adultos, de período noturno.
A Escola Estadual Luiz da Costa Falcão, em Bonito, foi a primeira a receber a oficina de educação ambiental com foco em saneamento básico nessas salas de aula específicas, de formação escolar por meio dos programas de EJA (Educação de Jovens e Adultos), AJA (Avanço do Jovem na Aprendizagem) e curso Normal Médio, além do Ensino Médio regular.
A atividade abriu a programação do evento AGEMS Perto de Você, em Bonito, na noite de quarta-feira, 6/11.
Para todas as idades
Gilcimery Aparecida Zborowski, 64 anos, e mais uma centena de alunos, aceitaram o desafio apresentado pela diretora de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos, Iara Marchioretto e equipe, de lançar um novo olhar para o saneamento no município. Para ela, todo o conteúdo educativo, os alertas e a chamada à responsabilidade apresentados na oficina comprovam que é preciso consciência e “mãos à obra” de cada cidadão.
“As informações estão todas aí, as pessoas sabem o que é preciso fazer, como têm que separar os resíduos, como da para reaproveitar muita coisa. Muitos não fazem, mas não é por não saber, é uma questão de se comprometer mesmo”, acredita ela.
Funcionária de uma unidade educacional infantil, já tendo antiga formação em pedagogia, a douradense há 30 anos moradora de Bonito conta que se inscreveu no curso Normal Médio a partir de setembro deste ano, para ter contato com pessoas e “combater a solidão”. As aulas noturnas agora são uma rotina, e a visita da AGEMS para uma discussão diferente do conteúdo regular trouxe entusiasmo. “Até porque eu já fui brigadista, então, gosto desse assunto de cuidado e preservação”, conta Gilcimery.
Mãos à obra: responsabilidade e ação
Quem é a AGEMS e como a atuação da autarquia impacta na prestação do serviço de saneamento, no apoio ao usuário e na forma como os prestadores são estimulados a serem melhores. O que cada pessoa pode fazer para ter na própria casa e na cidade mais qualidade de vida, sem desperdício de recursos naturais, aproveitando o que pode ser reutilizado e preservando o ambiente quando se trata dos quatro eixos – água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos ou drenagem. Todos esses temas foram levados ao conhecimento dos jovens e adultos da escola, reunidos em duas salas lotadas.
“A gente tem a economia circular, de reuso de muita coisa que não precisa ser descartada. Temos unidades de separação de resíduos, demos adeus aos lixões, temos a opção de cuidar e fazer melhor”, disse a diretora Iara na conversa com as turmas. “Eu lanço aqui o desafio para nós todos: vamos fazer um pouco mais”.