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quinta-feira, novembro 28, 2024
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Campo Grande integra Expedição na megaestrada que Liga o Pacífico ao Atlântico

A terceira edição da Expedição da Rota Bioceânica teve o lançamento oficial na manhã desta sexta-feira (24), no monumento da Praça do Rádio, com a presença da prefeita Adriane Lopes e demais autoridades envolvidas. A Capital estará representada em uma expedição singular que viaja rumo ao Chile, marcando um “test drive” na Rota de integração Latino Americana (RILA).

A prefeita Adriane Lopes destacou que o Executivo prioriza o desenvolvimento e incentiva a inovação e as boas práticas de relacionamentos internacionais, por isso, a Prefeitura de Campo Grande é parceira da expedição até Iquique no Chile.

“Essa viagem é oficial e inaugura de verdade a Rota Bioceânica para o nosso Estado e em especial para a nossa Capital. Quero parabenizar o Cavol, toda a equipe da Setlog que está na organização, e quero parabenizar também cada expedicionário que está acreditando nesse projeto, investindo seu tempo e recurso para que essa realidade aconteça. Independente de religião, nós cremos num Deus, e esse é o Deus que está nos oportunizando neste momento fazer parte da história do avanço da economia da nossa Capital e do nosso Estado”, declarou Adriane Lopes durante a inauguração oficial da expedição.

“Esta é uma das mais importantes viagens da RILA, queremos que seja um verdadeiro test drive da rota bioceânica”, disse Cláudio Cavol, presidente do Setlog/MS.

A Expedição RILA é promovida pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul (Setlog/MS) e representa uma década de esforços conjuntos na busca por uma rota alternativa e mais competitiva para exportações estaduais e nacionais, especialmente para os mercados asiáticos.

Caminhos da Rota Bioceânica

Inicialmente, a rota explorou a conexão com os portos chilenos através da Bolívia, saindo do Brasil por Corumbá, em Mato Grosso do Sul. No entanto, a primeira edição da RILA indicou dificuldades técnicas, ineficiências nas fronteiras e instabilidade política na Bolívia, inviabilizando este trajeto.

Em 2017, uma segunda edição da RILA explorou uma nova rota, iniciando em Porto Murtinho, desta vez passando pelo Paraguai. A expedição, composta por empresários, autoridades e imprensa, demonstrou a viabilidade deste trajeto, apontando a necessidade de pavimentação em cerca de 600 quilômetros no Paraguai e a construção de uma ponte ligando o país ao Brasil.

As autoridades paraguaias abraçaram o projeto, dividindo a obra de pavimentação em três trechos, dos quais dois já estão em andamento. Além disso, a construção da ponte da Bioceânica entre Carmelo Peralta, no Paraguai, e Porto Murtinho, no Brasil, está avançando rapidamente, com previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2025.

Com a megaestrada prestes a operar em 2025, espera-se uma redução significativa nas distâncias de exportação brasileira para a Ásia, encurtando viagens em até 23%. Produtos sul-mato-grossenses como carnes, celulose, frutas, derivados de mandioca e milho, entre outros, têm potencial para ganhar espaço no mercado internacional.

Além dos benefícios comerciais, o corredor promete ser uma via importante para a integração cultural e turística entre os países envolvidos. O projeto é estratégico para Mato Grosso do Sul, transformando o estado em um hub logístico e redirecionando o fluxo de carga para os portos chilenos de Iquique e Antofagasta.

3ª Expedição RILA

A terceira edição da RILA, em 2023, terá um diferencial: além da expedição de veículos percorrendo a rota, um caminhão com carga partirá de Campo Grande, enfrentando os desafios do trajeto. As dificuldades encontradas serão apresentadas no dia 26 de novembro, no 4º Fórum dos Territórios Subnacionais do Corredor Bioceânico Capricórnio, em Iquique, reunindo autoridades dos quatro países. A prefeita Adriane Lopes e técnicos da Prefeitura de Campo Grande participam da expedição com longa agenda neste fim de semana, além de autoridades estaduais, empresários e demais expedicionários envolvidos na edição.

A RILA 2023 promete avaliar não apenas as condições da megaestrada, mas também os avanços nas questões alfandegárias e de comércio exterior, marcando um passo crucial rumo à concretização deste corredor estratégico para a América do Sul. A comitiva é composta por mais de 100 pessoas e 35 carros.

A programação da viagem da expedição se estende até dia 5 de dezembro, quando é previsto o retorno para Campo Grande. A agenda de autoridades pode sofrer alterações por conta de compromissos de urgência.

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