Igor de Andrade, pai afetivo da menina Sophia Ocampo, de apenas 2 anos de idade, que foi assassinada no dia 26 de janeiro deste ano em Campo Grande (MS) pelo padrasto Christian Leitheim com conivência da mãe Stephanie de Jesus da Silva, reclamou da demora do processo judicial sobre o caso.
Casado com Jean Carlos Ocampo, pai biológico de Sophia Ocampo, Igor de Andrade reforçou que o processo está parado há três meses por falta do relatório pericial das mídias encontradas nos celulares da mãe biológica e do padrasto, que são réus pelo crime.
Ele lembrou ainda que o processo não tem data prevista para voltar a tramitar, já que nada pode ser feito enquanto este documento não for anexado com os outros já existentes.
Durante entrevista ao jornal Correio do Estado, o pai afetivo classificou a lentidão como mais uma atitude de descaso da Justiça com o caso da menina, que já tinha sido negligenciada anteriormente tanto pelo judiciário quanto pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), que é responsável pela perícia, bem como Conselho Tutelar Municipal.
“Na nossa visão o que falta é força de vontade. Toda essa demora só confirma o que sempre falamos sobre o descaso. Para eles a Sophia foi apenas mais uma vítima, mas, nós sentimos a dor todos os dias”, disse Igor de Oliveira, ressaltando que sempre lutaram para que a guarda da criança fosse passada para o casal, já que era evidente que ela sofria vivendo com a mãe e o padrasto.
Ainda de acordo com ele, não dar prosseguimento ao caso pode ser uma estratégia adotada para que o crime caia no esquecimento e esse seria apenas mais um dos transtornos que o casal está passando pela indiferença dos órgãos que trabalham na investigação.
“O descaso só permanece: antes, durante e depois”, desabafou, acrescentando que ele e Jean estão apenas sobrevivendo e tentando manter a cabeça no lugar por meio do trabalho.
Igor também adiantou que está organizando, junto com Jean, um novo protesto para cobrar resposta ao crime que matou a filha. “Lutaremos até que tudo esteja resolvido, os autores e os co-autores sejam penalizados.”, concluiu.