Apesar de meses com contaminação em baixa, as consequências da pandemia da covid-19 estão longe de limitar as precauções ao redor do mundo. A nova variante Éris, subvariante da Ômicron, acende o alerta diante do primeiro registro confirmado no Brasil na semana passada. A vacinação continua sendo a principal forma de prevenção contra a variante, entretanto, Mato Grosso do Sul possui apenas 9,42% imunizados com dose bivalente.
Os dados são do vacinômetro do Ministério da Saúde, indicando que diante de uma população de 2,3 milhões, apenas 218.468 doses bivalentes foram aplicadas. No cenário nacional, o Estado se classifica em 9° lugar com menor imunização da bivalente.
Desde o início da vacinação, 11.874 pessoas não se imunizaram com nenhuma dose; 300.554 não retornaram nas unidades para tomar a segunda dose; 1.866.131 pessoas ainda não aplicaram a 3ª dose; e para a bivalente, disponível para quem completou o esquema vacinal, 2.100.462 não aplicaram a dose.
No ranking estadual, Novo Horizonte do Sul lidera o patamar com maior número de pessoas que completou o esquema vacinal e tomou a bivalente. Dos 2.985 moradores, 1.184 estão 100% imunizados. O valor corresponde a 39,66% da população na cidade. Em seguida está Vicentina (35,90%), Tacuru (29,80%), Dois Irmãos do Buriti (26,32%) e Paranhos (24,50%).
Campo Grande
Campo Grande recebeu e aplicou 83.492 doses bivalentes, o que corresponde 10,95% de 762.828 moradores. Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), 740.635 se vacinação com a 1ª dose, cerca de 81,74% da população e 711.143 com a 2ª dose. O índice cai para 402.105 pessoas que tomaram a 3ª dose de reforço.
Para aumentar a cobertura vacinal, unidades de saúde estão atendendo de plantão no fim de semana, com disponibilidade de todas as doses.
Mortes por Covid-19
O último boletim da SES (Secretaria Estadual de Saúde) mostra que 273 casos foram confirmados no Estado, sendo 112 só na Capital e 105 em Dourados.
Três pessoas morreram em decorrência da doença. Ao todo 150 óbitos foram registrados neste ano, mesmo com queda para 0,7% na taxa de letalidade. Desde o início da pandemia, 11.088 pessoas morreram com o vírus.
O Ministério da Saúde reforçou o pedido de intensificação de vacinação nos municípios. “As hospitalizações e óbitos pela covid-19 ocorrem principalmente em indivíduos que não tomaram as doses de vacina recomendadas”, disse a ministra Nísia Trindade, em entrevista a Agência Brasil.
O que é a cepa Éris?
A cepa Éris, subvariante da Ômicron, já foi confirmada em um paciente de 71 anos, moradora de São Paulo. O vírus ainda está sendo estudado, inicialmente, apresenta baixo risco para quem está vacinado.
Em Mato Grosso do Sul, ainda não foram registrados casos da variante Éris. Para esclarecer os riscos reais para a população, o Jornal Midiamax conversou com o infectologista Julio Croda, que detalhou os possíveis cenários caso essa variante chegue ao Estado.
Julio Croda explica que a variante possui uma alta capacidade de transmissão, o que tem levado a sua rápida disseminação pelo mundo, afetando principalmente idosos com mais de 75 anos e pessoas com sistemas imunológicos comprometidos.
“A Éris é uma subvariante da Ômicron e, portanto, compartilha muitas semelhanças com esta. Devido à sua maior transmissibilidade, está se tornando predominante em todo o mundo, levando a um aumento nos casos notificados e nas hospitalizações”, detalha.
Os sintomas da nova variante também são similares às demais variantes, como: coriza; espirros; tosse seca e contínua; febre e dor de garganta.