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quarta-feira, novembro 20, 2024
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André busca possíveis adversários para fazer “dobradinha” nas eleições de 2024

No intervalo de apenas uma semana, o ex-governador André Puccinelli (MDB) encontrou-se com dois possíveis adversários na disputa pela Prefeitura Municipal de Campo Grande nas eleições do próximo ano, com o claro objetivo de fazer uma “dobradinha”.

Primeiro, o presidente de honra do MDB em Mato Grosso do Sul reuniu-se, no dia 26 de junho, com o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS), que vai assumir a presidência da executiva do partido em Mato Grosso do Sul e também é pré-candidato a prefeito da Capital.

Já na segunda-feira foi a vez de o ex-governador se encontrar com a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), que atualmente comanda a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e é outra provável pré-candidata à prefeitura municipal.

Segundo fontes ouvidas pelo Correio do Estado, mesmo dizendo publicamente que ainda é cedo para pensar na disputa pela cadeira de prefeito da Capital, André Puccinelli não tem poupado sola de sapato nas suas andanças para articular o próprio nome para o cargo no pleito de 2024.

De posse de pesquisas de intenções de voto que o colocam como um dos grandes favoritos para vencer a eleição para prefeito de Campo Grande, o emedebista tem procurado se encontrar com os possíveis adversários que também estão bem nos levantamentos eleitorais.

Conforme apurou a reportagem, além do próprio ex-governador, os deputados federais Beto Pereira (PSDB-MS) e Marcos Pollon, bem como a ex-deputada federal Rose Modesto, estão muito bem nas pesquisas de intenções de voto para o cargo.

Como experiente político, André já procurou os dois que podem aceitar uma possível “dobradinha” em 2024 – Pollon e Rose –, já que o pré-candidato tucano avisou que não abrirá mão da disputa e conta com o aval das lideranças da legenda nessa decisão.

A prefeita Adriane Lopes (PP) também aparece bem nos levantamentos de intenções de voto, mas, assim como Beto Pereira, não deverá abrir mão da tentativa de reeleição em 2024 e, portanto, está fora do foco do ex-governador, que caminha a passos largos na viabilização do próprio nome.

Interlocutores próximos a Rose Modesto revelaram que a ex-deputada federal ainda não se decidiu sobre deixar o comando da Sudeco para disputar a eleição para prefeita de Campo Grande no próximo ano.
Há duas semanas, a superintendente de desenvolvimento do Centro-Oeste argumentou com o Correio do Estado que tem falado muito pouco sobre política, focando mais no meu trabalho à frente da Sudeco para se inteirar melhor das funções.

“Sobre a questão de disputar a Prefeitura de Campo Grande nas eleições de 2024, na verdade, é uma decisão que eu vou tomar mais para a frente, para ser mais exata, só no começo de 2024”, declarou Rose Modesto.
Ela fez questão de não descartar a possibilidade de sair candidata a prefeita da Capital, que é um sonho antigo, mas, por hora, prefere esperar as coisas irem se acomodando naturalmente. “Virou o ano, a gente começa a falar um pouco mais”, frisou.

Porém, uma coisa é certa, se nem André Puccinelli nem Rose Modesto disputarem a Prefeitura de Campo Grande, o posicionamento de ambos será decisivo para a escolha do novo chefe do Executivo municipal em 2024.

DIREITA
Na semana passada, sobre a conversa com Marcos Pollon, André Puccinelli disse ao Correio do Estado que foi “um bate-papo produtivo” com o parlamentar, que passou a ser o principal representante do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) em Mato Grosso do Sul e de quem recebeu o aval para disputar a Prefeitura de Campo Grande em 2024.

O ex-governador revelou à reportagem que não foi somente sobre as eleições municipais na Capital que ambos conversaram, mas também sobre as cidades do interior do Estado. “Vamos estabelecer algumas parcerias em municípios de Mato Grosso do Sul”, declarou André Puccinelli.

Segundo apurou o Correio do Estado, o encontro entre o ex-governador e o deputado federal do PL foi uma articulação que partiu do próprio André Puccinelli e não envolveu os demais integrantes da executiva estadual do MDB em Mato Grosso do Sul.

No entanto, conforme interlocutores ouvidos pela reportagem, desde a campanha para governador nas eleições gerais do ano passado que Puccinelli e Pollon ficaram muito próximos.
“Os dois já tinham essa ligação, pois o ex-governador não escondeu de ninguém que fez campanha para que Jair Bolsonaro fosse reeleito presidente da República”, revelou um dos interlocutores próximos a André Puccinelli.

Procurado pelo Correio do Estado, Marcos Pollon disse recebeu o convite para a reunião do próprio ex-governador como presidente de honra do MDB de Mato Grosso do Sul.

“A princípio, o PL não tem pretensão de fazer uma aliança com o MDB no Estado, pois já temos o nosso grupo, que é o do ex-presidente Jair Bolsonaro. Porém, ainda é cedo para bater o martelo em algo tão complexo”, declarou o parlamentar.

Ele reforçou que, como dirigente partidário do PL, tem o compromisso institucional de manter reuniões e encontros com vários dirigentes de inúmeros partidos, porém, seu foco, por determinação de Bolsonaro e do presidente nacional Valdemar Costa Neto, é a unificação da direita no Estado para as eleições municipais do próximo ano.

Marcos Pollon revelou que André Puccinelli lhe perguntou se ainda estava de pé a sua candidatura a prefeito da Capital, e a resposta foi positiva. “Disse ao ex-governador que hoje eu sou o pré-candidato a prefeito de Campo Grande pelo PL, mas que essa possibilidade ainda está em construção”, argumentou.

Questionado sobre a viabilidade de uma provável aliança com o MDB de André Puccinelli caso um dos dois não avance para um possível segundo turno das eleições municipais de 2024, o deputado federal desconversou. “Não dá para pensar tão longe assim”, completou.

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