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Chefe do PCC é condenado por uso de documentação falsa em Mato Grosso do Sul

Apontado como cabeça de organização internacional de contrabando de drogas, membro do PCC e notificado na linha vermelha da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), o narcotraficante Jorge Adalid Granier Ruiz, preso em Mato Grosso do Sul em março deste ano, foi condenado a dois anos de prisão por uso de documento falso.

Com o pedido de extradição encaminhado pela justiça Argentina, Ruiz seguirá preso até que o Supremo Tribunal Federal (STF) , decida sobre sua extradição. O processo está sob relatoria do ministro Luiz Fux. O sentenciado também possui nacionalidade boliviana e paraguaia.

A sentença foi fixada em dois anos de prisão em regime aberto, além do pagamento de dez dias-multa. Para além disso, Ruiz terá de destinar R$ 10 mil para entidade pública ou privada. O sentenciado terá de prestar serviços à comunidade ou entidades públicas pelo mesmo prazo da pena.

As condições a serem cumpridas as medidas serão definidas pelo juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, onde tramitou o fato. Conforme a decisão, o narcotraficante poderia recorrer em liberdade.

Fato

No dia 28 de março deste ano, Jorge Adalid Granier Ruiz, foi abordado em uma atividade de rotina no km 530 da BR-163, em Jaraguari, município distante cerca de 50 km de Campo Grande.

Segundo os autos, durante a fiscalização, policiais rodoviários federais abordaram o veículo em que Ruiz estava, uma Toyota Hilux branca, junto do motorista Valdeson Pereira dos Santos, além de Marianne Villavicencio, acompanhante de Ruiz.

Questionado pelos policiais, Jorge Ruiz se identificou preliminarmente como Jorge Mendes Ardaya, com documento emitido no Pará, apresentando na sequência outra identidade e uma licença de motorista, ambas emitidas na Bolívia, também em nome Jorge Mendes Ardaya.

Diante da ocorrência, a polícia constatou que Ruiz, possuía um mandado de prisão em aberto na Argentina por tráfico de drogas, motivo pelo qual, segundo a denúncia, ele providenciou documentos falsos no Brasil, a fim de solucionar suas pendências no país vizinho.

Na ocasião, Ruiz afirmou que o documento falso emitido no Pará custou cerca de cinco mil dólares, cerca de R$ 25 mil em cotação atual. Ele alegou ter entrado no Brasil com a carteira de identidade e licença para dirigir emitidos na Bolívia, ambas falsas e com o mesmo nome, documentos que disse ter pago cerca de 200 dólares cada.

Ruiz é acusado de ser o elo entre o PCC, organização criminosa de São Paulo, com o restante da América do Sul. Foi preso pelo transporte de 389 quilos de cocaína em 13 sacos de estopa, além de ser acusado de cobrar R$ 300 mil pelo transporte em avião de 400 quilos de cocaína, fato ocorrido em setembro de 2020.

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