O empresário campo-grandense Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”, desistiu da ação para transferir o júri popular pela execução do acadêmico de Direito, Matheus Coutinho Xavier, para o interior do Estado e, com isso, o julgamento está mantido para o próximo dia 17 de julho em Campo Grande.
Segundo o site O Jacaré, o desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), extinguiu o processo de Jamilzinho, no qual a defesa do acusado alegava perseguição midiática que tem sofrido o cliente e, por isso, solicitava a mudança do local do júri popular.
O desaforamento para Dourados ou Três Lagoas era uma estratégia da defesa para postergar o julgamento porque o recurso poderia chegar ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e não seria analisado antes do início do julgamento.
Inicialmente, o júri popular seria em outubro de 2020, no entanto, o recurso acabou suspendendo o julgamento. O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, agendou o júri pela 2ª vez para fevereiro deste ano. No entanto, os advogados alegaram que a defesa plena estava comprometida porque os réus participariam por meio de videoconferência.
O magistrado chegou a se antecipar ao STJ e remarcou o júri para maio, quando o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) se comprometeu a apresentar Jamilzinho, o guarda civil Marcelo Rios e o policial civil Vladenilson Daniel Olmedo no Tribunal do Júri.
No entanto, o ministro Rogério Schietti Cruz, do STJ, concedeu liminar para suspender o julgamento a pedido da defesa do empresário. O ministro recuou e acabou liberando o julgamento, mas condicionou a participação presencial dos réus. O juiz remarcou o júri popular para começar no dia 17 de julho. A expectativa é de que possa durar até cinco dias.
O pedido para transferir o julgamento para Dourados ou Três Lagoas virou estratégia da defesa para tentar adiar novamente o júri. Na sexta-feira (16), os advogados desistiram da ação de desaforamento. Aluízio Pereira dos Santos até chegou a se manifestar contra a mudança de local.
Ele pontuou que Dourados e Três Lagoas ficam próximas de Campo Grande. E ainda comprometeria o planejamento para a realização do júri, como transferência dos acusados da Penitenciária Federal de Mossoró para Campo Grande, reserva de hotel para os jurados e a montagem de megaesquema de segurança.