Possível pré-candidato do MDB a prefeito de Campo Grande em 2024, o ex-governador André Puccinelli sofreu mais um duro golpe na sua imagem pública, que está muito arranhada devido ao tempo que passou preso sob a acusação de corrupção.
Segundo o site O Jacaré, a Energisa acusou André Puccinelli de mentir à Justiça sobre o fato de que teve o nome protestado em cartório mesmo estando com a conta de luz em dia.
De acordo com a concessionária, o ex-governador pagou o débito com quatro meses de atraso e apenas após ter o crédito suspenso na praça. A empresa contestou os argumentos dele após o fracasso da audiência de conciliação.
Não houve acordo entre o político e a Energisa, que pede o ressarcimento do valor gasto para retirar o nome do protesto (R$ 138,10) e indenização por danos morais de R$ 19.867,90.
Conforme a ação, o ex-governador pagou a conta de luz de R$ 761,32 no dia 26 de junho deste ano, ou seja, 20 dias depois, no dia 16 de julho de 2022, a concessionária protestou o seu nome em cartório por “falta de pagamento”.
No dia 24 do mês passado, a Energisa rebateu os argumentos do ex-governador. “Embora a narrativa exordial possa conduzir, prima face, à conclusão de que o registro de protesto foi realizado pela empresa ré após o pagamento da fatura de energia em questão, esta não é a verdade dos fatos”, destacou a defesa da empresa.
De acordo com a concessionária, a conta de André venceu no dia 6 de fevereiro de 2020 e ele teve o nome incluído no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) no dia 16 de março do mesmo ano. O ex-governador foi avisado do atraso nas contas emitidas em abril, maio, junho e julho.
O débito foi encaminhado para protesto em cartório no dia 25 de junho. O pagamento ocorreu no dia 26, mesmo dia em que o protesto foi incluído no sistema.
“Se as faturas subsequentes não fossem suficientes para comprovar que o autor tinha ciência da existência do débito em questão, tem-se que este teve seu nome inscrito no SCPC em 16/03/2020 em razão do referido débito”, pontuou a Energisa.
Agora, o juiz Juliano Rodrigues Valentim, da 3ª Vara Cível de Campo Grande, vai decidir sobre o pedido de indenização de André Puccinelli.