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domingo, novembro 24, 2024
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Cantora rapper denuncia PMs de Dourados por ‘prisão arbitrária’

A cantora rapper Raíssa, a SoulRa, recorreu ao Instagran para denunciar que na madrugada de segunda-feira passada (28) , logo depois de participar de um show promovido no Centro de Convenções de Dourados, foi algemada à força, posta dentro de um camburão da Polícia Militar e levada até uma delegacia da Polícia Civil da cidade, onde ficou incomunicável por duas horas.

Ela aponta como “perturbação da ordem”, o motivo alegado por sua prisão, uma atitude “arbitrária” dos policiais, segundo ela.

Souha é de Dourados, a segunda potência econômica de MS, formou-se em Direito pela Universidade Estadual, dedicou-se a estudos sobre racismo estrutural e institucional enquanto durou o curso e aprofundou-se em questões de gênero e as especificidades da mulher negra. É uma ativista na questão.

No vídeo divulgado, ela diz que hoje mora em São Paulo, e, no domingo, foi contratada para se apresentar num show em sua cidade, que contou com participação de Thiago Castanho, CPM22, Marcão Britto, Tonelada e Miliano.

SoulRa disse que sua apresentação duraria uma hora, mas o show consumiu apenas meia hora porque houve atrasos na programação e os artistas de apressar o espetáculo. A rapper subiu no palco às 19h30, depois de encerrado, ela desceu e permaneceu no local para assistir a outras apresentações.
A rapper diz que por volta da 1h, mesmo sem a apresentação de todos os artistas, o show foi interrompido, acabou.

Pela narração da artista, o público chiou e também desapontou as bandas que ficaram de fora, justo as regionais.

Houve tumulto depois e por lá apareceu uma guarnição policiais com três militares.
SoulRa foi conversar com os PMs e, segundo ela, foi destrada policiais, que logo o alegemaram com as mãos trás, com truculância. “Uma falta de respeito”, disse a artista. Toda a ação, segundo ela, foi observada por uma fotógrafa, Valentina, segundo Soul.

Depois de algemada, os policiais conduziram a artista até o camburão e condicionaram ela na parte de trás do veículo, onde os PMs costumam por pessoas capturadas.
Dali do Centro de Convenções os PMs seguiram para delegacia, onde ela ficou até às 5h da manhã, conforme relato seu no Instagran. Ela diz ainda que havia homens também detidos, mas nenhum algemado, somente ela. “Uma violência, tortura”.

Soulra disse ainda que pessoas ligadas a ela foram à delegacia e tentaram ajudá-la, mas foram retiradas do prédio e acoselhados a irem embora.
A artista conta ter se machucado pela algema nos braços. Ela queixou-se aos policiais ainda no Centro de Convenções, mas os PMs – três ao todo – teria dito a ela que a medida seria um meio de impedir que ela fugisse.

Nos dias seguinte, a artista disse buscou ajudou médica, mas agora está com medo de fazer outras apresentações. “Sou vulnerável aos homens de farda”, afirmou.
A rapper afirmou que tem tratado do caso com auxílio de uma advogado, ou seja, os PMs devem ser denunciados.

A reportagem tentou falar na tarde desta sexta-feira, por telefone, com a artista, mas até a publicação deste material não tinha conseguido.
O Correio do Estado recebeu mensagens de fãs da artista que alegam que os policiais envolvidos na prisão dela já foram denunciados pela mesma prática, ou seja, violência.

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