Uma mulher de 27 anos denunciou à Polícia Civil em Corumbá que foi vítima de estupro enquanto passava por um atendimento odontológico em consultório na região central da cidade. Ela foi até o local acompanhada pelo marido para fazer a extração de um dente e colocar um implante dentário.
No consultório, ela foi submetida a duas anestesias, além de ter tomado seis comprimidos, ficando praticamente dopada. Ao ficar sozinho com a vítima, o dentista passou a mão no corpo dela, pegou nos seios e também levantou o vestido.
Além disso, ele forçou sexo oral e usou equipamento do consultório para tentar eliminar as provas. Os abusos foram cometidos enquanto a vítima estava parcialmente sedada, sendo que ela não conseguia esboçar reação, mas estava consciente.
O estupro só foi interrompido quando o auxiliar do dentista entrou na sala. Com a presença de uma terceira pessoa no consultório, o procedimento de extração do dente ocorreu de forma normal, bem como o implante.
Depois que o procedimento odontológico foi finalizado e a anestesia reduziu o efeito, a vítima foi liberada pelo dentista e nada foi mencionado. Ao sair do consultório, a mulher relatou a situação para o marido.
O homem ainda perguntou se o fato de ela ter passado pela anestesia teria causado algo engano, porém a mulher reforçou a situação e descreveu a violência que havia sofrido.
O casal resolveu procurar a Polícia Civil para relatar toda a situação. Ela apontou aos policiais civis que, apesar de estar de vestido, usava um short por baixo. De acordo com depoimento, o dentista acabou recuando em cometer outros atos com a mulher por conta dessa situação.
A mulher revelou que, no consultório, ficou por mais de uma hora em situação vulnerável. A denúncia relacionada ao crime aconteceu na semana passada, porém ganhou repercussão a partir desta segunda-feira (20).
A Polícia Civil em Corumbá instaurou inquérito para investigar a denúncia e vai ouvir o cirurgião dentista, bem como outras pessoas que possam contribuir com a apuração. A vítima também vai precisar passar por perícia. Laudo só deve ser concluído no prazo de 30 dias.
Na apuração inicial, o cirurgião dentista foi identificado no boletim de ocorrência. O caso também deve ser levado para o Conselho Regional de Odontologia (CRO) após o avanço do inquérito policial.