A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande) recorreu à Justiça para exigir que a Flexpark preste contas sobre os valores financeiros remanescentes após o término do contrato de concessão do Sistema de Estacionamento Regulamentado da Capital.
Depois que a cobrança de estacionamento no centro da Capital foi suspensa há um ano por causa do fim da concessão, muitos motoristas ainda tinham créditos em suas respectivas contas na Flexpark, sendo que os valores remanescentes, somados, totalizavam no ano passado um total de R$ 3.745.038,78.
Entre junho e outubro do ano passado, por intermédio do MPE (Ministério Público Estadual), um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) foi firmado para devolver os valores remanescentes que ficaram nos aplicativos da Flexpark, uma vez que o motorista não precisaria mais do serviço em Campo Grande.
Porém, desde que o TAC teve fim, a Agetran procurou a Flexpark para que informasse o quanto restou dos recursos pertencentes aos cidadãos. No entanto, até o dia 9 de fevereiro deste ano, data da última notificação, nada foi respondido pela antiga concessionária.
O desprezo da Flexpark pelas comunicações da Agetran levou a agência municipal a cobrar explicações na Justiça, por meio de ação ajuizada nesta semana. Nesta ação, a Agetran pede os extratos mensais da conta em que estão depositados os valores arrecadados por meio das tarifas arrecadadas com a cobrança do estacionamento, relatório e planilha detalhada dos valores ressarcidos, e ainda banco, agência e conta corrente onde estão depositados os créditos de estacionamento pagos pelos cidadãos, caso eles ainda existam.
Na eventualidade de inexistência da planilha e do detalhamento dos recursos recebidos pela Flexpark, a Agetran requer ainda a quebra do sigilo fiscal e bancário da empresa e também uma perícia judicial sobre a conta da empresa.