No mês de volta às aulas, os reajustes em mensalidades e demais custos da educação puxaram a inflação em Campo Grande, que fechou fevereiro em 0,54%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do País, ficou 0,06% abaixo da taxa de janeiro, quando foi de 0,60%.
A inflação de fevereiro de Campo Grande é a terceira menor entre as capitais, ficando a frente apenas de Rio Branco (AC) e Brasília (DF).
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em fevereiro na Capital.
A maior variação foi do grupo de educação, com 6,04%, a alta mais expressiva desde fevereiro de 2020.
A inflação neste grupo foi impulsionada pelo aumento nos preços do ensino fundamental (11,47%), ensino médio (10,15%) e cursos regulares (7,25%), devido ao início do ano letivo.
Segundo o gerente da pesquisa, Pedro Kisnalov, “normalmente, essa alta da educação ica indexada ao próprio IPCA, ou seja, o reajuste das mensalidades é baseado na inflação do ano anterior”.
“Fevereiro é sempre muito marcado pela educação, pois os reajustes efetuados pelos estabelecimentos de ensino na virada do ano são contabilizados nesse mês”, explica.
Na sequência, a maior variação ocorreu no grupo de saúde e cuidados pessoais (1,27%), influenciado, principalmente, pela alta de 2,86% dos itens de higiene pessoal.
Os perfumes tiveram alta de 5,81%, os preços dos produtos para pele subiram 5,39% e o plano de saúde 1,12%.
No grupo habitação, a alta foi de 0,73%, impactado pelo aumento de aluguel residencial e, pelo segundo mês consecutivo, pela taxa de água e esgoto.
Despesas pessoais também teve variação de 0,73%, influenciada pelo aumento nos preços de cinema, teatro e concertos (3,81%), serviço de higiene para animais (2,86%) e brinquedo (2,54%).
O grupo transportes teve aumento de 0,25%, puxado pela alta nos preços da gasolina (1,57%), do emplacamento e licença (1,27%) e do automóvel novo (0,3%),
Por outro lado, houve queda nos preços de passagens aéreas (-13,84%) e do automóvel usado (-0,62%).
O único grupo que apresentou deflação foi alimentação e bebidas (-0,82%).
Neste grupo, houve dos preços da alimentação no domicílio (-1,29%), carnes (-2,29%), batata-inglesa (-19,82%) e tomate (-14,55%).
O destaque em alta foi o leite longa vida (1,54%), cujos preços voltaram a subir após cinco meses consecutivos de quedas.
Também houve aumento no repolho (30,25%), mamão (8,64%), ovo de galinha (8,24%) e o feijão-carioca (4,02%).
No ano, a inflação de Campo Grande acumula alta de 1,15% e, nos últimos 12 meses, 4,61%.
No Brasil, o IPCA foi de 0,84% em fevereiro. No ano, acumula alta de 1,37% e, nos últimos 12 meses, de 5,60%.