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sexta-feira, novembro 29, 2024
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Milho e celulose puxam balança comercial que fecha com superávit de US$ 476 milhões no Estado

A balança comercial de Mato Grosso do Sul fechou o primeiro bimestre do ano com superávit de US$ 476,05 milhões no ano, resultado de US$ 1,015 bilhão de exportações e US$ 539,1 milhões de importações. Os dados são da Carta de Conjuntura do Setor Externo elaborada pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

Com relação aos principais produtos exportados, ‘Milho não moído, exceto milho doce’ apareceu como o primeiro produto na pauta de exportações, com 26,47% do total exportado em termos de valor, totalizando US$ 268,7 milhões, e com crescimento de 380,93% em relação ao mesmo período do ano passado. Em termos de volume houve crescimento de 273,62% com 922.699 toneladas. O segundo produto da pauta foi ‘Celulose’, com 23,52% de participação, com aumento em termos de valor de 13,93% em relação a jan-fev/2022. Em termos de volume houve aumento de 0,60%.

Já nas importações o ‘Gás natural, liquefeito ou não’ se destaca como o principal produto importado, representando 49,08% da pauta de importações em janeiro e fevereiro 2023, acima dos valores verificados no mesmo período de 2022 em 18,88%.

Em termos de destino das exportações houve uma concentração nas exportações para a ‘China’, representando neste ano cerca de 26,11% do valor total das exportações. Os países com maiores aumentos na participação foram: ‘Irã’ (+1.675,07%) e ‘Japão’ (+313,78%). A concentração nos dez maiores destino das exportações passou de 68,36% a 70,80% em jan-fev/2023 se comparado ao mesmo período de 2022.

“Os dados de fevereiro mostram as exportações se mantiveram praticamente estáveis em relação ao ano passado, acima de um bilhão de dólares neste ano, o que é positivo para Mato Grosso do Sul. Já nas importações observamos o crescimento de compra sobretudo de Gás Natural o que também é favorável. O maior volume do produto da Bolívia indica uma tendência que vem sendo observada na demanda pelo gás de forma geral, o que, do ponto de vista da arrecadação de ICMS é benéfica para o Estado. Isso também é um indicativo de maior ocupação por parte dos setores econômicos que o utilizam”, explicou o secretário Jaime Verruck.

Nos produtos exportados, o secretário ressalta a novidade que é o crescimento expressivo na venda ao exterior de milho. “Enquanto no ano passado o milho representou menos de 5% das exportações, neste ano está em 26% do total”, acrescentou. Ele destacou que isso deve ter sido motivado por mudanças na tributação. “Mato Grosso do Sul tinha um estoque de mais de 6 milhões de toneladas de milho. O Governo estabeleceu uma política de liberação tributária do milho e isso favoreceu a exportação destes grãos”, salientou.

O segundo produto que se mantém estável na balança é a celulose que é vendida por três plantas industriais situadas em Três Lagoas. “Por isso Três Lagoas continua sendo o primeiro no ranking exportador entre os municípios”, citou o secretário.

Com relação à questão regional no Estado, os dez principais municípios exportadores responderam por 81,87% das exportações neste ano. O principal município exportador no período de janeiro a fevereiro de 2023 foi Três Lagoas, com cerca de 34,91% dos valores exportados, com composição baseada sobretudo no setor de ‘Papel e Celulose’.

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