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Dos 79 municípios de MS, só 7 ainda não registram casos de dengue neste ano

Nos primeiros 45 dias de 2023, apenas sete das 79 cidades de Mato Grosso do Sul não registraram casos de dengue, realidade que evidencia o contínuo avanço da doença. Segundo dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde), neste ano o Estado já soma 5.114 casos prováveis da doença, identificados em 72 municípios.

Até agora, Douradina, Eldorado, Iguatemi, Jateí, Novo Horizonte do Sul, Selvíria e Tacuru não identificaram casos de dengue. Taquarussu, Sete Quedas, Japorã e Mundo Novo registraram apenas um caso. Com o total de confirmações neste ano, o Estado já atingiu quase 20% do total identificado em todo o ano de 2022, que fechou os doze meses com 26.659 notificações.

Conforme balanço do IBGE, Mato Grosso do Sul é o 10º Estado com maior número de casos descobertos em 2023. Na lista de municípios, Três Lagoas lidera o ranking com 236 casos, seguido de Campo Grande (183) e Miranda (179).

Neste ano, dois óbitos por dengue foram anunciados no Estado. O primeiro, de uma mulher de 59 anos, no dia 17 de janeiro, em Guia Lopes da Laguna, enquanto o segundo é um adolescente de 14 anos, que morreu no dia 13 de fevereiro, em Dourados.

Dengue é uma doença causada por vírus e transmitida, principalmente, pela picada do mosquito Aedes aegypti. As causas da dengue podem estar relacionadas à água parada, com desenvolvimento do mosquito. Por isso, as ações de conscientização da Saúde e fiscalização nas residências.

Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande, existem sintomas clássicos da dengue, como dores nas articulações e olhos, fraqueza, dores de cabeça e febre, contudo o diagnóstico deve ser feito durante atendimento médico.

Caixas d’água, cisternas, tonéis, tambores e filtros necessitam ser tampados. Até mesmo reservatórios de eletrodomésticos devem passar por uma vigilância frequente, como é o caso de geladeiras e climatizadores. Verifique se a sua geladeira tem um coletor de água do degelo automático (fica na parte de trás, perto do motor).

Caso tenha, é preciso limpar com água e sabão a bandeja onde a água é acumulada, pelo menos uma vez por semana. No caso de climatizadores ou aparelhos de ar-condicionado, é necessário retirar o compartimento, esvaziá-lo e lavá-lo.

Ralos limpos e com aplicação de tela evitam o surgimento de criadouros. Além disso, é importante saber que a água com larvas não deve ser derramada em ralos ou na pia – lugares que podem gerar acúmulo –, mas sim na terra ou no cimento quente.

Um modo de prevenir criadouros é descartar objetos no lugar correto e levar o lixo para fora de casa somente no dia da coleta, por exemplo. Recipientes e sacos plásticos, garrafas, latas, sucatas, ferro-velho, entulhos em construção; tudo isso pode ser foco de Aedes.

Furar o fundo das latas e, se possível, amassar, tampar latas de tinta e deixá-las em local adequado, enviar sacos plásticos para reciclagem, amassar copos descartáveis e manter garrafas com tampas ou viradas para baixo são algumas medidas que podem ajudar a eliminar o acúmulo de água.

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