A alegria do ex-senador Delcídio do Amaral, presidente estadual do novo partido PRD, durou pouco. Uma semana após lançar a pré-candidatura a prefeito de Corumbá nas eleições deste ano, ele teve a conta bancária bloqueada por dívida da campanha eleitoral de 2018 ao Senado
Há menos de uma semana, Delcídio já teve penhorados pela Justiça cinco imóveis para garantir o pagamento de R$ 3,3 milhões da campanha ao Governo do Estado de 2014.
Delcídio defende que as dívidas são de responsabilidade dos partidos aos quais era filiado, PT e PTC, respectivamente. No entanto, o Judiciário não entendeu desta maneira e o incluiu nas medidas de constrição.
Para tentar desbloquear a conta bancária, o ex-senador alegou que os valores são originários de aposentadoria proporcional que recebe do Senado, mas não teve sucesso.
Em outubro do ano passado, o juiz Juliano Rodrigues Valentim, da 3ª Vara Cível Residual, decidiu que não houve provas de que o dinheiro era de aposentadoria e manteve o bloqueio.
A medida visa o cumprimento de decisão judicial, de junho de 2022, que determinou o pagamento de R$ 167.879,11, corrigido monetariamente e com juros, ao Centro Gráfico Ruy Barbosa pela impressão de santinhos, bottons e adesivos na campanha de 2018.
Juliano Valentim, em decisão publicada em janeiro no Diário do Tribunal de Justiça, confirmou o bloqueio da conta e a transferência eletrônica em favor da parte credora, mas negou o pedido de penhora de 30% dos proventos mensais de aposentadoria de Delcídio, “considerando a excepcionalidade da medida e a penhora supra deferida”.
Também no início deste ano, a Justiça estadual confirmou a penhora de imóveis do ex-senador Delcídio do Amaral por dívida da campanha de 2014, quando concorreu ao cargo de governador de Mato Grosso do Sul. Após quase uma década, o débito que inicialmente era de R$ 615 mil agora chega a R$ 3,3 milhões.
Além da derrota para Reinaldo Azambuja (PSDB), Delcídio terminou aquela campanha devendo à Gráfica Jafar Ltda, cujo nome fantasia é Gráfica Alvorada. O imbróglio foi parar no Judiciário e os réus acabaram condenados.
O juiz Marcel Henry Batista de Arruda, 11ª Vara Cível de Campo Grande, mandou penhorar cinco imóveis de Delcídio do Amaral, dois em Corumbá e três em Florianópolis (SC), para execução do valor de R$ 3.352.511,84. Além de bens da sede do diretório regional do PT. Com informações do site O Jacaré