Três bolsonaristas de MS estão presos por depredação em Brasília

O Sistema Penitenciário do Distrito Federal divulgou uma lista preliminar com 277 nomes de pessoas presas pela invasão e depredação aos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF (Supremo Tribunal Federal) no último domingo (8), em Brasília (DF). Na relação, estão os sul-mato-grossenses Djalma Salvino dos Reis, 45 anos, Diego Eduardo Assis Medina, 35 anos, e Fabio Jatchuk Bullmann, 41 anos.

Djalma Salvino dos Reis é motorista e morador de Itaporã, sendo que em seu perfil nas redes sociais se mostra um ferrenho apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O preso inclusive participou de atos antidemocráticos em Dourados, pedindo intervenção federal e questionando o resultado das urnas que sagrou Lula como presidente.

Já Diego Eduardo Assis Medina é trabalhador da construção civil e morador de Dourados, sendo que se intitula “patriota” com postagens contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e políticos petistas. Fabio Jatchuk Bullmann é

técnico em instalação e manutenção de ar-condicionado e morador de Campo Grande, sendo um contumaz apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro e pelas redes sociais coloca em xeque a integridade das urnas eletrônicas, pedindo contagem pública de votos.

Na lista divulgada constam 158 homens e 119 mulheres presos no Centro de Detenção Provisória II e na Penitenciária Feminina do Distrito Federal. O número de presos deve aumentar nas próximas horas, ainda há centenas de pessoas detidas que estão passando por uma triagem da Polícia Federal para serem liberadas ou presas por envolvimento na depredação.

Em nota, a Polícia Federal informou que mais de 1.500 pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos foram encaminhadas para a Academia Nacional de Polícia, em Brasília, após determinação do STF. No local, os detidos estão sendo submetidos aos procedimentos de polícia judiciária e após os trâmites os presos estão sendo apresentados à Polícia Civil.

Segundo a PF, “até o momento, 527 pessoas foram presas e por questões humanitárias foram liberados 599 detidos, em geral, idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhadas de crianças”. Ainda de acordo com o órgão, todos os presos estão recebendo alimentação regular, hidratação e atendimento médico quando necessário, sendo que estão sendo acompanhados pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Corpo de Bombeiros, Secretaria de Saúde, Samu e Defensoria Pública da União.