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segunda-feira, novembro 25, 2024
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Traficante resgatado de hospital por falsos enfermeiros quer transferência para Campo Grande

Na última sexta-feira (3), Nelson de Oliveira Leite Falcão teve pedido de transferência de um presídio no interior de São Paulo para Campo Grande negado. Nelson foi preso em 2018 com cocaína avaliada em R$ 26,6 milhões e, meses depois, foi resgatado e fugiu.

Conforme a decisão do ministro Messod Azulay Neto, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Nelson já teve pedido de transferência negado anteriormente. Isso, porque apesar de ter a transferência deferida pelo juízo de Presidente Prudente (SP), o pedido foi barrado pelo juiz de execução de Campo Grande.

Inicialmente, o pedido era para que o réu pudesse cumprir pena perto da família. Ainda foi alegado pela defesa que os familiares poderiam auxiliar e contribuir para a ressocialização do réu.

No entanto, na decisão do magistrado, ele pontuou os dados que indicam que Nelson é liderança negativa. Além disso, foi possível observar o nível de periculosidade do réu.

Consta também que Nelson foi preso em março de 2018 pela Polícia Federal, com 889 quilos de cocaína, sendo que meses depois planejou a fuga. Tudo aconteceu dentro do Hospital da Vida, em Dourados.

Assim, para o juiz o direito de transferência não é absoluto do preso. Com isso, o STJ também decidiu por não deferir o habeas corpus, mantendo o réu preso em São Paulo.

Fuga do hospital
Nelson foi encaminhado ao Hospital da Vida em 27 de julho de 2018, depois de sentir dores na lombar. Também teria apresentado complicações na circulação de sangue dos membros inferiores.

Momentos depois de chegar à unidade, ele foi resgatado por dupla de criminosos. Os suspeitos entraram na unidade usando roupas de enfermeiros e renderam um policial militar.

Em nota, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou que a determinação para que Nelson fosse levado até o hospital foi dada depois de ele ser consultado por equipe médica da PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

Ainda conforme a Agepen, ele era acompanhado pelos médicos do presídio desde o início do mês e esta não seria a primeira vez que precisou ser atendido na unidade.

“O interno foi encaminhado para atendimento hospitalar devido a dor lombar com claudicação, problema de saúde que já vinha sendo acompanhado pela equipe de saúde do presídio. Consta em seu prontuário médico que, devido a esse problema, o interno já passou, inclusive, por ressonância magnética quando esteve custodiado em Campo Grande”, diz o texto.

No entanto, tudo foi esquematizado pelo preso. Com roupas de enfermeiros, os dois suspeitos conseguiram tomar a arma do policial militar, resgatando Nelson.

Além disso, os autores chegaram ao hospital em um Ford Fiesta de cor prata. Assim, o motorista ficou no automóvel e dupla entrou no local para realizar o resgate.

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