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sábado, novembro 23, 2024
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Superintendência da Pesca estaria entre Cauê Marques e Júlio Buguelo

O comando da Superintendência da Pesca em Mato Grosso do Sul (Sudepe-MS) estaria entre Cauê Marques, ex-assessor-executivo da Prefeitura de Campo Grande na gestão de Marquinhos Trad (PSD), e Júlio Cleverton dos Santos, o Júlio Buguelo, vereador de Glória de Dourados pelo PT, devendo ser definido nos próximos dias.

Segundo apurou o Correio do Estado, o coordenador da bancada federal de Mato Grosso do Sul, deputado federal Vander Loubet (PT-MS), já teria referendado os dois nomes, porém, o mais cotado seria Cauê Marques.

Afinal, além do apoio do PSD estadual, ele conta também com a simpatia do prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes (PSDB), bem como da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA) e da Federação de Pescadores e Aquicultores do Estado do Mato Grosso do Sul (Fepeams).

As duas entidades representativas do setor de pesca e aquicultura teriam chegado a um consenso, indicando o nome de Cauê Marques para o cargo, pois ele traz no currículo diversos trabalhos já prestados ao serviço público.

O presidente da CNPA, Edivando Soares de Araújo, chegou a encaminhar um ofício, no dia 28 de fevereiro, ao ministro da Pesca e Aquicultura, André Carlos Alves de Paula Filho, indicando o nome de Cauê Marques. O prefeito Marcelo Iunes também enviou um ofício ao ministro com a mesma finalidade.

Além disso, pesaria contra Júlio Buguelo o fato de ele ser, supostamente, alvo de um inquérito civil por improbidade administrativa em Glória de Dourados, tornando difícil a sua escolha para um cargo tão importante a nível estadual e nacional.

FORA DO PROCESSO
Apesar de ter sido citado como um dos responsáveis pela indicação de Cauê Marques para o cargo, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente estadual do partido, negou ao Correio do Estado qualquer participação nessa questão.

“Me afastei dessa história a partir do momento em que iniciou uma queda de braço para indicar esse ou aquele nome para a Superintendência da Pesca em Mato Grosso do Sul”, garantiu o senador, que está a caminho do Japão para uma missão oficial pelo Senado.

Nelsinho Trad ressaltou que não costuma fazer política dessa forma. “Além disso, adotei uma linha de independência no Senado e não me sentiria à vontade em participar dessa negociação”, disse.

Para o senador, o deputado federal Vander Loubet tem toda a legitimidade para definir essa questão e encaminhar o melhor nome para o cargo.

“Tive uma reunião com ele antes de viajar e passei a minha opinião, dando total liberdade para ele tocar como entender melhor. Da mesma forma que ele fez comigo quando eu era o coordenador da bancada e ele era opositor ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)”, recordou.

Na prática, Nelsinho não quis participar do processo para, no futuro, não ser obrigado a dar uma contrapartida ao governo Lula no Senado. “Eu defendo que a bancada precisa ser ouvida nessa questão, e dessa reunião tiraria o nome de consenso”, finalizou.

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