A reclassificação de risco dos municípios do Prosseguir, que determina as medidas restritivas para combater a proliferação da Covid-19, teve o início prorrogado para 13 de junho, atendendo solicitação da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul).
O secretário de Saúde, Geraldo Resende, reconheceu o argumento de que os municípios não tiveram tempo suficiente para se programar e preparar a população para as novas medidas restritivas que estão sendo impostas.
“Por isso, mesmo ressaltando que a finalidade precípua da Secretaria de Estado de Saúde é sempre resguardar a saúde pública, não há como desconsiderar que os atos da administração têm impacto em diversos outros ramos, a exemplo da economia”, disse Resende.
A Assomasul declarou ter sido surpreendida pela reclassificação dos municípios, que foi feita em uma reunião extraordinária. “O Governo do Estado foi sensível ao nosso pedido. Entendemos a situação epidemiológica de Mato Grosso do Sul que teve que exportar pacientes para outros estados e sofre com a superlotação os hospitais, acreditamos na credibilidade do Prosseguir e somos parceiros do Estado no enfrentamento à pandemia, mas fomos surpreendidos com a decisão do comitê e não pudemos nos programar e avisar a população”, afirmou o presidente da Assomasul, Valdir Junior.
Com a nova decisão do Governo, a reclassificação passa a valer a partir de domingo (13), quando 43 municípios passam para a bandeira cinza, de grau extremo, seguindo uma série de restrições, como toque de recolher às 20h e funcionamento apenas de serviços considerados essenciais.
Outras sete cidades foram classificadas na bandeira laranja (grau de risco médio) e 29 foram colocadas na bandeira vermelha (grau de risco alto). Durante o período de maior restrição, as Polícias Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros vão fiscalizar o cumprimento das regras.
Paulo Fernandes, Subcom
Foto: Chico Ribeiro