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sábado, novembro 16, 2024
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Reunião do PSDB define no comando da Assembleia os deputados Gerson Claro e Paulo Corrêa

Como a reportagem do Correio do Estado já tinha informado no dia 24, a reunião realizada ontem na Governadoria, entre o presidente estadual do PSDB, ex-governador Reinaldo Azambuja, e os deputados estaduais do partido, definiu a chapa de consenso para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) com os nomes de Gerson Claro (PP) para presidente e Paulo Corrêa para primeiro-secretário.

Além disso, também foram definidos os nomes de Renato Câmara (MDB) como primeiro-vice-presidente, Zé Teixeira (PSDB) como segundo-vice-presidente, Pedro Kemp (PT) como segundo-secretário e Lucas de Lima (PDT) como terceiro-secretário, enquanto o terceiro-vice-presidente ainda será definido.

Segundo Reinaldo Azambuja, o PSDB é um partido da pacificação, por isso, foi buscar o consenso. “Não somos só nós, o PSDB: temos outros aliados, lideranças e partidos e vamos conversar para tentar uma chapa que respeite a proporcionalidade da Casa, com todos fazendo parte de cargos, comissões e espaços importantes na Assembleia”, disse.

O posicionamento do ex-governador foi acompanhado pela deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), que era uma das postulantes ao cargo de presidente da Casa de Leis, mas decidiu abrir mão da disputa em nome do consenso.

“Houve um consenso, e entendo a decisão do partido. Tentei ser a presidente da Assembleia Legislativa, mas temos de entender o momento. O Gerson Claro reuniu os votos necessários, e temos de aceitar. Queria muito ser a primeira mulher a assumir a presidência da Casa de Leis, batalhei por isso, mas tive de recuar. Processo político é isso”, afirmou a parlamentar ao Correio do Estado.

O deputado estadual Zé Teixeira (PSDB) também concordou com o posicionamento do presidente estadual do partido de que o momento é de harmonia.

“O nosso trabalho é fazer com que a harmonia reine”, reforçou.

Futuro presidente, Gerson Claro, que também estava na reunião, informou que já tem 15 votos para a eleição da chapa de consenso, que será realizada na manhã desta quarta-feira. Como são 24 deputados estaduais, a chapa de consenso já tem a maioria absoluta.

MDB

Mais cedo, a bancada do MDB fechou apoio à chapa de consenso, tendo o deputado estadual Renato Câmara como primeiro-vice-presidente e o deputado estadual Pedro Kemp como segundo-secretário.

“O MDB sempre esteve incluído na gestão da Assembleia, e este ano não será diferente. Tínhamos o Eduardo Rocha como vice-presidente, e o Renato é um bom nome para compor esta legislatura”, destacou o deputado estadual Marcio Fernandes (MDB).

Além de Marcio Fernandes, os deputados estaduais Renato Câmara e Junior Mochi (MDB) também estiveram reunidos com o atual presidente da Casa de Leis, Paulo Corrêa, e com Gerson Claro, que deve ser escolhido como presidente na abertura da 12ª legislatura.

“Sempre trabalhamos no consenso, e a bancada do MDB decidiu apoiar esta chapa para dirigir os trabalhos em 2023 e 2024”, disse Marcio Fernandes.

Já o deputado estadual Pedro Kemp, que será o segundo-secretário da chapa de consenso montada para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, disse que todos os deputados estaduais têm legitimidade para pleitear qualquer cargo.

“Acontece que, desde o ano passado, nós estamos buscando um entendimento em torno desta chapa. Nossa bancada, que tem três deputados, está pleiteando a segunda-secretaria com meu nome”, afirmou Kemp ao Correio do Estado.

Concorrência

Se, por um lado, foi formada uma chapa de consenso pelo PSDB, por outro, os deputados estaduais Rafael Tavares (PRTB), João Henrique Catan (PL) e Coronel David (PL) decidiram não fazer parte dessa formação consensual e vão disputar, respectivamente, a presidência, a primeira-secretaria e a segunda-secretaria da Casa de Leis.

Rafael Tavares disse ao Correio do Estado que não abre mão de disputar o cargo de presidente da Assembleia Legislativa.

“Entendo que a maioria da população de Mato Grosso do Sul quer uma renovação, e o momento é correto e oportuno”, disse.

Coronel David também manteve a candidatura para o cargo de segundo-secretário e lamentou a falta de apoio do governador Eduardo Riedel (PSDB). Fontes ligadas ao parlamentar revelaram ao Correio do Estado que o deputado teria se sentido traído por não ter reconhecida a lealdade durante a campanha para governador do ano passado.

Na semana passada, fontes ouvidas pela reportagem disseram que a disputa pela segunda-secretaria pode provocar um racha na base aliada do governador Eduardo Riedel na Assembleia Legislativa.

No almoço realizado na quarta-feira (25) entre Riedel e os parlamentares, eles tentaram dissuadir Coronel David do interesse pelo cargo, mas não tiveram sucesso, pelo contrário, os ânimos ficaram mais acirrados.

Além disso, até dentro do primeiro escalão do governador, muitos entendem que o PT já foi contemplado com cargos na administração estadual e, portanto, não precisaria mais integrar a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.

Esses mesmos integrantes da gestão estadual também argumentaram que a 2ª secretaria da Casa de Leis seria até pouco, pela lealdade demonstrada por Coronel David nas eleições gerais do ano passado, quando se posicionou em favor da candidatura de Eduardo Riedel para governador.

Fontes próximas ao deputado estadual do PL disseram que ele pode se distanciar da base aliada, dificultando um pouco a “harmonia” pregada pelo governador no almoço com os parlamentares.

“Minha ideologia é de direita, enquanto a do Pedro é de esquerda, o que inviabiliza que possamos votar um no outro. Acredito que obterei os votos necessários para ser eleito para o cargo”, acrescentou o parlamentar do PL.

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Com informações do Correio do Estado

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