Produtor rural e empresário do ramo têxtil de Mato Grosso do Sul, Júlio Augusto Gomes Nunes está entre as 60 pessoas indiciadas no relatório final da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Atos Golpistas de 8 de Janeiro que foi aprovado ontem (18).
No documento, Júlio Augusto Nunes é apontado como líder e articulador de bloqueios, inclusive em Campo Grande. Ele seria integrante do Movimento Brasil Verde e Amarelo (MBMA), um grupo apontado pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), com capacidade de mobilização nacional, que organizava desde o ano de 2019, atos em Brasília.
Com isso articulavam a entrada de máquinas agrícolas, caravanas e caminhões em Brasília. Ainda, conforme a Abin, a movimentação do grupo era clara ao questionar a lisura das urnas eletrônicas e apoiaram abertamente intervenção militar.
O Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e a Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul) também foram citados no relatório porque emitiram nota para o dia 7 de janeiro, informando que não haveria expediente em prol de manifestações “ordeiras”.
“Em Mato Grosso do Sul, o Sistema Famasul, que congrega 69 sindicatos rurais e a Aprosoja-MS informaram, em comunicado nas redes sociais, que não teve expediente em apoio às manifestações pacíficas e ordeiras que ocorriam no País”, diz o relatório.
No entanto, a Famasul informou ao site Campo Grande Informe que a data está errada, pois o dia que não teria expediente teria sido 7 de novembro de 2022 e não 7 de janeiro de 2023