(Marco ASA) – O dia 6 de janeiro de 2021 ficou marcado como a primeira tentativa de golpe de estado na considerada “maior democracia do mundo”, os Estados Unidos. Mas, afinal, o que aconteceu? Bem, para entender, temos que voltar às eleições presidenciais naquele país, realizadas me novembro passado. Desde o começo, o atual presidente, o republicano Donald Trump, diz que as eleições foram fraudadas e que ele seria o ganhador, mesmo sem apresentar prova alguma.
Um fator a ser levado em conta é que, assim como o presidente brasileiro, Jais Bolsonaro, Trump tem uma “patrulha” de seguidores, que se organizam nas redes sociais, que reage a todos os seus “pronunciamentos”, principalmente no Twitter. Ontem (6), no Congresso Americano, a vitória do democrata Joe Biden seria ratificada, inclusive pelo vice-presidente atual, Mike Pence. Trump, então, foi às redes sociais dizer que Pence “deveria contestar os resultados das eleições”. Como Pence votou pela democracia e confirmou a vitória de Biden, Trump disse que seu vice “não teve coragem de fazer a coisa certa” que, segundo ele, seria contestar os resultados das eleições.
Foi o estopim para que raivosos seguidores de Trump invadissem o capitólio (congresso americano) e causassem o caos. A confirmação da eleição de Biden foi adiada, jornalistas foram enviados para bunkers e a segurança foi acionada. Uma mulher foi baleada e morreu. Depois, foram confirmadas quatro mortes.
Depois disso, com o congresso americano retomado, a eleição de Joe Biden foi confirmada, mas Trump continuou incitando os manifestantes e sua conta foi bloqueada no Twitter, podendo até mesmo ser cancelada. Estuda-se, inclusive, que Trump seja afastado do governo por questões de segurança nacional. Como vimos, tudo isso foi um precedente muito perigoso para as demais democracias do mundo, inclusive o Brasil.