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sexta-feira, novembro 22, 2024
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Projeto piloto, sistema automático de travamento de portas é implantado em presídio de segurança máxima

As celas do pavilhão 3 do Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” (EPJFC), a Máxima de Campo Grande, agora contam com um sistema de trancamento automático das portas, reforçando a segurança da unidade e dos policiais penais na execução dos serviços. A iniciativa é um projeto piloto no presídio e a intenção da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) é ampliar ao restante da unidade, bem como a outros estabelecimentos prisionais do estado.

Na prática, o sistema é todo coordenado por um software, que controla a abertura e fechamento das portas à distância, bem como quem tem acesso a isso. Além disso, gera relatório e identifica quando há tentativas de violação e acusa quando há necessidade de alguma manutenção. As portas são todas sensoreadas, com avisos de quando acontece qualquer alteração. Como são travas automáticas e reforçadas, dispensam o uso de cadeados e, consequentemente, a entrada dos policiais penais para o travamento.

A tecnologia se dá por cabeamento, de forma externa, e não está ligada à internet, sem risco de ataques de hackers. No software, é possível habilitar e limitar quem pode ativar a parte de botão para as aberturas e fechamentos, reforçando ainda mais a segurança.

O novo sistema foi inaugurado na manhã desta quarta-feira (4.5) e a solenidade contou com a participação de autoridades e de diretores de várias unidades da Agepen.

Durante a apresentação, o diretor do EPJFC, Mauro Augusto Ferrari, reforçou que a medida é uma forma de otimizar o trabalho dos servidores, reduzindo a necessidade de quantitativo de pessoal, além de diminuir a exposição a riscos dos profissionais e de dificultar, aos internos, tentativas de fuga e outros tipos de indisciplina.

De acordo com o dirigente, foi escolhido o Pavilhão destinado a internos que trabalham e as celas de inclusão, para que fosse testada toda a parte de segurança e alinhados quais desafios precisariam ser averiguados.

A automação foi implantada pela empresa Renifer, que possui carta de exclusividade por desenvolver o projeto de “Sistema Integrado de Automação Penitenciária” (S.I.A.P), de fabricação exclusiva nacional, planejado, projetado e fabricado para atender pontualmente as demandas da área prisional, já tendo realizado a implantação em unidades prisionais do sistema federal e em outros estados. A proprietária, Lisandra Jacomini, que é de São Paulo, participou da inauguração e detalhou aos presentes todo o funcionamento do sistema.

O diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, destacou que a instituição vai buscar recursos e parcerias para que seja feita a automação das principais unidades prisionais do estado. “Isso, com certeza, traz mais segurança e faz parte do aperfeiçoamento dos serviços”, afirmou.

Também participaram da solenidade de abertura o coronel PM Jonildo Theodoro de Oliveira, que representou a Secretaria de Justiça e Segurança Pública; a titular da 50ª Promotoria de Justiça, promotora Jiskia Sandri Trenti; a defensora pública Thaisa Raquel Medeiros de Albuquerque Defante; o diretor-geral da Polícia Penal, Valdimir Ayala Castro; o diretor de Operações da Agepen, Acir Rodrigues, e o corregedor-geral Creone da Conceição Batista; além de diretores de unidades da capital e do interior.

Fotos: Keila Oliveira

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