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Prefeitura abre licitação do Teatro Octávio Gizzo e resgata história cultural de Campo Grande

A Prefeitura abriu nesta terça-feira (17) a licitação para contratação de empresa para reforma do Teatro Octávio Gizzo, anfiteatro anexo ao Paço Municipal, com capacidade para 250 espectadores. A revitalização prevê a troca de poltronas, forro,  ampliação do palco, rampa de acesso e adaptação dos banheiros para acessibilidade, instalação de ar condicionado, além de resgatar o mezanino, que será um local para exposição.

As empresas participantes do certame têm até às 9h do dia 22 de junho para entregar a documentação de habilitação e as propostas. O local, que conta com mais de 40 anos de existência, já foi palco de apresentações artísticas e culturais. O teatro, desativado desde 2010 foi reaberto em 2021 funcionando como auditório.

Segundo Max Freitas, Secretário de Cultura Turismo, a cultura precisa de um espaço amplo e central para os seus espetáculos. “A revitalização do Teatro do Paço é uma grande vitória para a classe artística. Pulsar vida, música, artes ali será um grande marco para essa gestão que valoriza cada dia mais os profissionais da Cultura de Campo Grande”, afirma Freitas.

Roberto Figueiredo, diretor do grupo teatral da Universidade Católica Dom Bosco, lembra a estréia do grupo Senta que o Leão é Manso em 1983. “Apresentamos nossa primeira peça lá com alunos da Escola Bernardo Franco Baís e Colégio Dom Bosco, onde eu era professor na época. Isso há 39 anos. Naquela época só tinha ele. Era aconchegante e com boa acústica para a plateia, que além das apresentações teatrais, com os Festivais Estaduais de Teatro, também podiam conferir pequenos shows”, relembra.

Figueiredo que também é Coordenador do setor de cultura da UCDB acredita que o espaço vai garantir acesso cultural à população. “A abertura do teatro é nosso sonho. Um espaço para que possamos apresentar as nossas produções. Hoje não temos muitos espaços públicos estruturados e esperamos que volte a acolher as platéias, porque o momento mais importante é abrir a cortina, essa é a arte”, finaliza Roberto.

O teatro que já passou por duas reformas, a primeira em 1989, e depois em 1992 também recebeu apresentações nacionais como a peça Meu Tio Iauaretê, com o ator Caca Carvalho.

Resgate histórico

Franciella Cavalheri, presidente do Fórum Municipal de Cultura de Campo Grande e integrante do Conectivo Corpomancia, avalia a importância cultural e histórica do teatro.

“A reforma do espaço vem em um bom momento. Vem como uma possibilidade de apresentações culturais, porque estamos sofrendo por falta de equipamentos públicos. E a retomada dele é uma conquista para a cidade, sem contar que é um patrimônio de Campo Grande e tem a importância de resgatar a história também”.

O projeto do prédio da Prefeitura Municipal, incluindo o do Teatro do Paço, foi feito pelo arquiteto Círiaco Maymone, que também foi projetista do Estádio Morenão. Construído na administração de Antônio Mendes Canale e entregue na gestão de Marcelo Miranda. O nome do teatro só veio em 1989 com a morte do José Octávio Guizzo, músico, radialista, advogado e ativista cultural.

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