A Prefeitura de Campo Grande assinou o Termo de Cedência de Uso de Área Pública para a Associação dos Artistas Visuais Profissionais de Mato Grosso do Sul. O ato foi realizado no Paço Municipal pela prefeita Adriane Lopes nessa quarta-feira (03) e contou com a presença do presidente da Confraria Sociartista, Fernando Anghinoni, e mais 12 outros artistas da Capital.
“A Confraria Sociartista é a associação de artistas visuais profissionais do Mato Grosso do Sul. Hoje estamos em um momento muito especial para a assinatura da concessão da sede, que está completando oito anos. A concessão da associação e a nossa sede estão inteirando cinco anos, então estamos aqui aproveitando o momento com a prefeita para fazer essa assinatura da cedência que dura a cada dois anos. Atualmente é um dos espaços culturais mais importantes de Campo Grande, com atividades como exposições, eventos culturais, feiras e agora também teremos algumas oficinas e palestras, além de cursos de pintura e palestras voltadas à arte. Ficamos gratos pela Prefeitura reconhecer nossa classe e valorizar o trabalho desses profissionais”, aponta Fernando Anghinoni.
O documento autoriza a utilização de área pública, localizada na rua Abias Batista Filho, 269, Bairro Portal Itayara. No local, já existe uma edificação utilizada como sede pelos associados. A Confraria é uma associação sem fins lucrativos cuja finalidade é apresentar uma multiplicidade de expressões artísticas em seus mais diversos estilos e técnicas dentro das artes visuais.
A prefeita Adriane Lopes destacou a riqueza da arte e cultura de Campo Grande, afirmando que a capital de Mato Grosso do Sul é uma cidade referência em vários setores da arte, como plástica, musical, teatral e fotografia. “Nossa cidade tem artistas excepcionais, mas precisamos validar a exposição de toda arte riquíssima e singular. A Prefeitura está aberta a novas ideias para o Executivo poder ver a possibilidade de implementar na cultura da nossa cidade”, pontua a Chefe do Executivo Municipal.
“A Prefeitura reconhece o valor e a relevância do trabalho desses artistas para a cidade e estamos comprometidos em apoiar o crescimento e o desenvolvimento das artes visuais. Este espaço continuará a ser um local de inspiração e criatividade para todos os envolvidos”, afirmou a secretária de Cultura Mara Bethânia Gurgel.
Hoje, aproximadamente 30 artistas sul-mato-grossenses compõem a associação e estão espalhados pelo Brasil. Idealizada pelo artista plástico visual e ex-presidente da Confraria, Pedro Guilherme, a Associação foi criada pela necessidade dele encontrar os amigos. Pedro aponta que os artistas visuais trabalhavam de forma introspectiva e não em grupos, como outros segmentos da arte. “Nós nos encontrávamos somente nas exposições, duas ou três vezes por ano e por isso surgiu a ideia da Confraria”.
O idealizador convidou amigos próximos para uma reunião e propôs a criação da associação, um grupo de amigos que têm em comum as artes visuais. Por meio das reuniões, várias ideias foram surgindo entre os artistas, como interferências públicas, ocupação de praças e realização de saraus.“Esse ato de hoje, na verdade, tem um grande significado para nós, porque ele representa a valorização do trabalho de todos esses artistas, um trabalho bem feito. E se nós não cuidarmos com muito carinho e fizermos o que realmente está determinado nessa sessão, que é cuidar do espaço, que é levar arte, levar cultura para as pessoas, para a sociedade campo-grandense, tudo isso pode se dissipar com o tempo. Para mim, é uma prova de que estamos no caminho certo”, compartilha Pedro Guilherme.
A professora do Curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Lúcia Monte Serrat, é campo-grandense por adoção e curitibana de nascimento. Vive em Campo Grande desde 1982 e vem desenvolvendo um trabalho que tem como tema a mulher e suas emoções, bem como as flores, que fazem parte desse universo feminino.
“Acho muito importante a Confraria ter um espaço físico onde pode reunir vários artistas em um espaço de convivência, de produção e de também de promoção de eventos, entre outras atividades. Então é fundamental, porque hoje em dia, temos muitas dificuldades de espaços para exposição e realização de oficinas. Uma cidade sem um lar fixo para toda essa produção torna-se difícil de apresentá-las. Parabéns para a Prefeitura de Campo Grande por valorizar a nossa cultura”, finaliza.