O primeiro complexo hospitalar municipal de Campo Grande, com capacidade de realizar cerca de 20 mil procedimentos por mês foi lançado na manhã desta segunda-feira (01), no Parque Ayrton Senna. O empreendimento, que vai ampliar em 259 o número de leitos na Capital, representa um marco na saúde pública do município e sai do papel após 10 anos no Plano Municipal de Saúde.
A abertura do processo licitatório para construção do Hospital também foi lançada durante o evento. O HMCG será construído no Bairro Chácara Cachoeira e a estrutura terá aproximadamente 15 mil metros quadrados de área construída.
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Durante a assinatura, a prefeita Adriane ressaltou a importância da construção para a saúde do município e estado. “Nós somos uma Capital de quase 1 milhão de habitantes, mas que atende mais de 1,6 milhões de pacientes do SUS, então com certeza esse hospital vai somar às vagas já existentes e ampliar o atendimento para a população, em uma área de 15 mil metros, que também é próxima a outros hospitais. Com um modelo rápido, eficiente e que se encaixa a realidade de Campo Grande”.
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Conforme a prefeita, será possível ampliar a oferta de serviços e absorver parte da demanda reprimida por exames de diagnóstico e cirurgia, ofertando mais de 20 mil procedimentos por mês, entre consultas, exames e cirurgias.
“Com a unidade em funcionamento, a Sesau irá conseguir absorver a demanda de pacientes que hoje se encontram nas dez unidades de urgência e emergência do município, além de boa parte da fila por exames e procedimentos de pequeno e médio porte que caso não sejam realizados com maior brevidade possível podem evoluir para complicações maiores, aumentando assim a complexidade e, consequentemente, sobrecarregando ainda mais os serviços”, diz.
O complexo irá reunir em um só local o atendimento especializado e de diagnóstico, tendo a oferta de procedimentos de cirurgia geral, como hérnia, vesícula, oftalmologia, ortopedia e pediatria, além de exames de ressonância, tomografia, ultrassom, colonoscopia, endoscopias, entre outros.
A Senadora Tereza Cristina também participou do lançamento e expressou a felicidade do lançamento na sua terra natal. “Para mim é uma felicidade participar desse lançamento tão importante na cidade que eu tanto amo, que eu nasci. Esse lugar que vai desafogar a rede municipal de saúde, ampliar as vagas e leitos e deixar um legado de melhora na saúde do nosso Estado”.
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Segundo estimativa da Sesau, serão realizadas mensalmente 1.500 internações por mês, 1.000 cirurgias por mês, 2.500 atendimentos de pronto atendimento por mês, 13.500 consultas médicas por mês e 13.500 exames de imagem por mês.
A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, explica que o processo licitatório deve ser publicado em diário oficial. A previsão é de que o projeto executivo seja concluído em 90 dias e, logo em seguida, a obra seja iniciada com prazo de execução de até 24 meses.
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“A construção será no modelo BUILT TO SUIT que em tradução livre para o português quer dizer “construído para se adequar”. É uma espécie de locação na qual o bem locado foi construído ou reformado pelo futuro locador de acordo com as exigências e parâmetros feitos pelo futuro locatário”, explica a secretária.
A lei que regulamentou o modelo Built to suit no Brasil é de dezembro de 2012, e reconhecida na administração pública em novembro de 2015. Algumas cidades e estados já vêm utilizando o BTS na administração pública como Vila Velha/ES; Fortaleza; São Vicente/SP; Atibaia/SP; Salvador, Florianópolis, Joinville/SC além de Rondônia e Ceará.
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O HMCG foi projetado respeitando os princípios da sustentabilidade. Ele será pré-moldado, o que permite a redução de resíduos durante a construção, gerando menos entulho. A fachada tem 30% de cobertura de vidro facilitando a iluminação natural e diminuindo a dependência na geração de energia que será alternativa (solar).
Para o presidente da Associação de Moradores do Bairro Vivendas do Parque, Paulo Alves Lunguinho, o anúncio da construção do hospital municipal representa uma conquista para a população campo-grandense. “Tenho certeza de que ele vai suprir a necessidade dos leitos que faltam aqui na Capital, tendo em vista que muitas pessoas do interior vêm para a capital e usam os leitos que poderiam ser da própria população de Campo Grande”, comenta.
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O presidente da Associação de Moradores do Conjunto Habitacional Aero Rancho Setor 6, Adejair Nabhan de Oliveira, também comemorou mais esse avanço para a saúde de Campo Grande.
“Nós estamos muito felizes com o anúncio da construção do hospital. Recentemente nossa região foi contemplada com a reforma do Complexo de Saúde do Aero Rancho. Hoje, no complexo, temos o CAPS Aero Rancho, a USF Aero Rancho e o CRS 24 Horas Aero Rancho”, concluiu.
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HMCG
O hospital contará com 259 leitos, sendo 49 de pronto atendimento, 20 leitos CTI (10 pediátricos e 10 adultos) e 190 leitos de enfermaria (60 pediátricos, 60 adultos para homens e 70 adultos para mulheres). Terá UTI para adultos e pediátrica, 10 salas de cirurgia, 53 consultórios e 19 salas de exame, incluindo audiometria, eletrocardiograma, eletroencefalograma, eletroneuromiografia, ecocardiograma, ergometria, hemodinâmica, mamografia, radiografia, ressonância magnética, tomografia, ultrassonografia, endoscopia e colonoscopia.
O HMCG terá quatro pavimentos, sendo um subsolo, térreo, primeiro e segundo andares, além de um centro de diagnósticos, laboratório, guarita, jardim e estacionamento com 225 vagas. No total, o hospital ocupará uma área de 14.914 metros quadrados.
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O investimento previsto na construção é de R$ 210 milhões. O mobiliário, incluindo móveis, equipamentos médicos e hospitalares, terá um custo aproximado de R$ 80 milhões de reais. A manutenção de elevadores, jardim, ar condicionado, segurança, dedetização e outros serviços, denominada “facilite”, terá um gasto aproximado de R$ 20 milhões ano e ficará a cargo da empresa que construir o prédio. A previsão de entrega é de 24 meses a partir de julho de 2024. O tempo de contrato de aluguel ainda será determinado.