Com a intenção de ampliar serviços médicos ofertados e ajudar com exames de diagnóstico e cirurgias reprimidas, a Prefeitura de Campo Grande prometeu, durante coletiva na manhã desta quinta-feira (14), a previsão de entrega do Complexo Hospitalar Municipal com 250 leitos para o fim de 2024.
Entretanto, o Complexo sequer tem um local escolhido para começar a construção, sendo que a Prefeitura ainda estuda três diferentes pontos [que não foram revelados à imprensa], que devem ter cerca de 10 mil metros quadrados de área reservada para edificação.
“Estamos fazendo um levantamento da área onde será construído, já temos três locais que a Semadur passou onde poderá ser o complexo… o que falta é só a definição com o corpo técnico. Mas já é uma realidade”, comenta Adriane Lopes.
Como bem destaca a equipe do Executivo, nas pessoas do titular da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Sandro Benites, e a prefeita da Capital Adriane Lopes, essa execução partirá de uma Parceria Público Privada (PPP), com investimento de R$ 200 milhões.
“Vai ser um local de fácil acesso, porque precisa ter linha de ônibus, saída rápida para ambulância, e nós estamos pensando em um heliporto, já que o Samu fez uma parceria, agora, com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), onde a gente vai poder levar, buscar pacientes com risco maior através do helicóptero deles”, cita Sandro Benites.
Com o complexo, a ideia da prefeitura é dobrar as atuais 25 salas de diagnóstico, prometendo, além disso, 10 salas de centro cirúrgico, assim como um de diagnóstico ampliado.
“A gente vai fazer o complexo hospitalar que envolve diagnóstico; exames; laboratório. Você faz aquilo que é mais rápido para o paciente, que não precisa estar em vários lugares, estará tudo ali: especialista, centro cirúrgico”, complementa Sandro Benites.
Com a previsão de começar as obras ainda neste ano, a Prefeitura estipular entregar o Complexo no período de um ano, com capacidade para atender até 1.500 pessoas por mês. Atualmente, as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) atendem mil pacientes por dia.
“Há 1 ano e meio a nossa equipe técnica da Sesau, tendo o suporte do Ministério da Saúde, vem estudando a necessidade da criação desta unidade, diante do aumento na demanda, sobretudo de procedimentos eletivos e exames, impulsionada pela pandemia de Covid-19”, expõe a prefeita.
Sandro destaca a demanda que as 10 unidades de urgência e emergência da Capital concentram, sendo que a expectativa é justamente absorver parte dessa busca.
“Além de boa parte da fila por exames e procedimentos de pequeno e médio porte que caso não sejam realizados com maior brevidade possível podem evoluir para complicações maiores, aumentando assim a complexidade e, consequentemente, sobrecarregando ainda mais os nossos serviços”, conclui Sandro.
Sonho antigo
Ainda em 2013 esse hospital municipal foi pensado, para desafogar o sistema de saúdo da Capital, com a ideia impulsionada a partir de 2019 e freado posteriormente com o início da pandemia de Covid-19.
A possibilidade de construção voltou a ser discutida em julho do ano passado, quando em audiência pública na Câmara de Campo Grande, foi debatida a implementação com vereadores; representantes da Prefeitura e Governo do Estado, além de professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e especialistas em gestão pública de saúde.
Ao fim da audiência, com o encaminhamento final, realizado pelo vereador Victor Rocha, foi destacada a necessidade de um aumento, pelo menos temporário, no número de leitos de UTI, como medida imediata.
Além disso, ficou definida a discussão a médio e longo prazo sobre a implementação de um hospital municipal.