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quinta-feira, dezembro 11, 2025
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Políticas sociais avançam e 40 mil deixam a pobreza em MS

Mato Grosso do Sul assumiu, desde o início de 2023, o compromisso de combate efetivo à extrema pobreza que já começa a apresentar resultados a partir do mapeamento e busca das famílias em situação de vulnerabilidade, além de repensar e inverter a lógica dos programas sociais. O desempenho desse trabalho é revelado por levantamentos como a Síntese dos Indicadores Sociais, divulgada pelo IBGE neste mês, revelando que mais de 40 mil pessoas saíram da situação de pobreza no Estado entre 2023 e 2024.

Com uma economia pujante e pleno emprego, Mato Grosso do Sul fez dos programas sociais estruturantes da Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos) um instrumento de assistência social, segurança alimentar, inclusão, incentivo ao estudo, qualificação profissional e de escalada social. Uma transformação no programa de bolsas de estudo, por exemplo, permitiu a permanência de estudantes de baixa renda em cursos superiores de período integral.

Primeira pessoa da família a concluir o Ensino Médio, a acadêmica de Medicina Ariadne Mariana Rocha da Cunha, hoje com 24 anos, só conseguiu a bolsa de estudos com a transformação do antigo Vale Universidade em MS Supera. “Quando entrei na faculdade começou outro dilema, o de me manter na UFMS. Começaram os gastos, compra de jaleco, do estetoscópio, gastos com alimentação. Ficou muito apertado. Foi quando mudaram a legislação e deixaram de exigir o estágio obrigatório, que impedia o acesso de estudantes de período integral ao programa. Eu me inscrevi e foi uma segunda vitória. A primeira foi quando eu passei no vestibular e a segunda quando fui aprovada para receber o MS Supera”, contou.

Filha de um pedreiro e de uma dona de casa, a ascensão de Ariadne ao ensino superior representa uma mudança de paradigmas. Ela acaba de concluir o 6º semestre de Medicina e, com a ajuda do programa, pode se dedicar aos estudos para ser uma profissional de excelência. “Quando minha mãe sofreu um acidente e precisou de atendimento, ela foi muito maltratada pelo médico. Foi aí que eu comecei a me interessar pela medicina, para poder tratar os pacientes de forma diferente, independente de eles serem ricos ou pobres, e é isso que eu vou fazer”, disse Ariadne.

O MS Supera paga um salário mínimo a estudantes de baixa renda visando estimular a permanência nos cursos universitários e de educação profissional técnica, de instituições públicas ou privadas, e reduzir a evasão escolar. Um outro programa que foi aprimorado é o Mais Social, que passou por diversas mudanças, inclusive o adicional de R$ 300 para os beneficiários que estiverem frequentando ensino regular ou EJA (Educação de Jovens e Adultos).

“Fizemos o diagnóstico e a adequação dos nossos programas sociais para se transformarem em programas estruturantes, acabando com o assistencialismo e colocando as pessoas na vida produtiva por meio de incentivos positivos. Com isso, estamos perseguindo a erradicação da extrema pobreza e reduzindo a pobreza”, explica a secretária de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos, Patrícia Cozzolino. 

De acordo com o IBGE, a proporção de pessoas na extrema pobreza em Mato Grosso do Sul sofreu uma redução de 40,74% em dois anos, passando de 2,7% em 2022 para 2,0% em 2023 e, finalmente, para 1,6%, em 2024. O IBGE considera extremamente pobres as famílias que recebem até US$ 2,15 por dia.

Para reduzir ainda mais a extrema pobreza, a Sead está fazendo, desde o dia 17 de março de 2025, uma busca ativa. Com cruzamento de dados e georreferenciamento, equipes do Mais Social estão indo às ruas nos 79 municípios sul-mato-grossenses incluir no programa famílias vulneráveis que não recebem nenhum benefício. Hoje, o Mais Social conta com mais de 40 mil famílias e o MS Supera conta com 2.200 vagas, que vão ser ampliadas para 2.500 no próximo ano.

Asseguram a dignidade das pessoas e promovem a melhoria de vida ainda vários outros programas do Governo de Mato Grosso do Sul, como o Energia Social: Conta de Luz Zero, que paga a conta de 29 mil famílias de baixa renda; e o Cuidar de Quem Cuida, com 1.878 beneficiados, além da entrega de cestas alimentares para mais de 20 mil famílias indígenas aldeadas. 

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