Com instruções voltadas à segurança e controle das unidades penais de Mato Grosso do Sul, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) iniciou, nesta terça-feira (4.1), o 3º Curso de Intervenção Prisional e Escolta (CIPE), sob coordenação da Escola Penitenciária (Espen) e instrutores que compõem o Comando de Operações Penitenciárias (COPE).
Nesta edição, a qualificação tem o apoio do Exército Brasileiro, que cedeu as instalações do 20º Regimento de Cavalaria Blindada (20º RCB), em Campo Grande, para a realização das aulas.
O CIPE acontece em regime de internato, com carga horária total de 220 horas/aula, envolvendo atividades teóricas e práticas, com disciplinas como: intervenção tática prisional; gerenciamento de crises; atendimento pré-hospitalar tático; armamento e tiro; técnicas e tecnologias não letais; vigilância de muralhas; escolta armada; segurança administrativa, entre outras.
Ao todo, 25 alunos participam da capacitação que, entre outras finalidades, qualifica para ingresso no Comando de Operações Penitenciárias da Agepen. Desse total, além dos policiais penais da Agepen, dois agentes de execução penal federal estão sendo qualificados.
De acordo com o comandante do COPE, Richard Dias, nesta primeira fase os alunos serão submetidos a intenso desgaste físico e psicológico. “Primeiramente, a gente trabalha com o condicionamento deles, com muita atividade física, privação de sono, de fome, entre outros; depois a gente entra na parte mais técnica, mais prática, com aulas de tiro, escolta e intervenção, inclusive com estágio dentro de presídios”, informou.
Representando a presidência da Agepen no ato de abertura, o diretor de Operações, Acir Rodrigues, ressaltou a importância de proporcionar qualificação aos servidores. “Esse curso de intervenção e escolta demostra a evolução que o sistema prisional, e hoje a Polícia Penal de Mato Grosso do Sul, conquistou”, destacou, referindo-se também ao COPE, que representa a força de reação da Agepen, seja na prevenção ou contenção em situações de crise.
O diretor da Espen, Vilson Guedes, explicou que o início do curso precisou ser retardado por conta das restrições impostas pela pandemia da Covid-19 e frisou que antes da capacitação os alunos foram submetidos a exames físico e psicotécnico. “Será um curso de 18 dias e a coordenação da escola se fará presente do começo ao fim, dando suporte aos instrutores e alunos”, finalizou.
Para a realização do 3º CIPE, além do Exército, a Agepen conta com o apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e do Corpo de Bombeiros Militar.
Keila Terezinha Rodrigues Oliveira, Agepen