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sexta-feira, novembro 29, 2024
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Polícia prende na Capital estelionatária que fingia ser adolescente para aplicar golpe

A Polícia Civil prendeu, ontem (3), em Campo Grande (MS), a estelionatária Amanda Maria Sousa Oliveira, de 43 anos, que fingia ser uma adolescente de 13 anos ao dar entrada na unidade de acolhimento institucional para menores situada no Bairro Vilas Boas.

A equipe de acolhimento recebeu a mulher, que alegou ser Gabrielly dos Santos, nascida em Feira de Santana (BA), no início da tarde. No entanto, ela não sabia informar como havia chegado até a cidade sul-mato-grossense e não tinha documentos pessoais.

Em uma busca rápida em portais de notícia, os funcionários encontraram casos similares relacionados a Amanda. Diante da desconfiança, a mulher foi encaminhada para a Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário e Centro Especializado de Polícia Integrada), onde foi ouvida e identificada.

No seu depoimento, Amanda Oliveira relatou que é andarilha e sofre de transtornos mentais. Em uma viagem recente, recebeu ajuda de um casal que a deixou na Casa da Mulher Brasileira no dia 14 de outubro, após ela dizer que seria menor de idade. Na unidade, o Conselho Tutelar foi acionado, fazendo o encaminhamento até o abrigo.

O delegado de Polícia Civil Daniel Luz da Silva disse que Amanda Oliveira não cometeu crimes de estelionato na cidade, mas que ela será autuada por falsa identidade. “Ela não preencheu nada, ou apresentou documentos falsos, só disse ser quem não é”.

Em julho deste ano, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu Amanda Oliveira, que dizia ter sido vítima de rituais de bruxaria, cárcere privado, maus-tratos e prostituição infantil. Segundo o jornal O Dia, a mulher alegava que o pai tinha dado hormônios para ela, com a finalidade de parecer mais velha para poder se prostituir em São Paulo (SP).

Na cidade carioca, a andarilha procurou por um projeto social mantido pela então vereadora Renata Magalhães. Com a denúncia dos supostos crimes sofridos por Amanda Oliveira, os agentes entraram em contato com a Polícia Civil de São Paulo e descobriram que na verdade a menina era uma mulher que respondia por falsidade ideológica.

Além da cidade paulista, ela tem passagens por crimes similares em Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul. Conforme as investigações, foi descoberto ainda que Amanda Oliveira tinha diversas agulhas no corpo para dar “credibilidade ao golpe”.

Em Nova Iguaçu, a parlamentar chegou a alugar e montar uma casa pelo bem da “vítima”. No dia da prisão, a Polícia foi até o apartamento porque supostamente a menina tinha autismo e, quando entrou, ela tentou fugir, mas foi acalmada e encaminhada à delegacia, onde foi ouvida e liberada.

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