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sábado, novembro 16, 2024
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Polícia investiga se os 4 homens executados na fronteira teriam assassinado filho de narcotraficante

A Polícia Civil investiga se os quatro homens executados durante chacina na madrugada de sábado (7) em Ponta Porã (MS) podem estar ligados ao assassinato de Charles González Coronel, filho do narcotraficante Clemencio González Giménez, o “Gringo González”, ocorrida no dia 21 de setembro em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com o município sul-mato-grossense.

Um vídeo gravado por câmera de monitoramento no local onde Charles González foi executado, mostrou três homens descendo de um Sandero, com placa do Paraguai. Dois estavam armados com pistolas e o terceiro com fuzil, enquanto o quarto envolvido era o motorista do veículo. Os três pistoleiros que desceram do carro tinham características físicas semelhantes aos jovens executados em Ponta Porã.

Fontes da fronteira afirmam que ao lado do corpo do filho ainda caído no asfalto, “Gringo González” teria jurado vingança. Testemunhas relatam que ele chegou a passar o sangue de Charles González no peito, sinal de que iria se vingar a qualquer preço.

Os quatro mortos na chacina foram identificados como Gabriel dos Santos Peralta, 16 anos, Xilon Henrique Vieira da Silva, 20 anos, Luan Vinícius Candia da Silva, 17 anos, e Jonas Wesley Morais Deterfam, 18 anos. Policiais paraguaios estiveram no local da chacina para ajudar a identificar as vítimas, pois havia suspeita de que um deles fosse do país vizinho.

Xilon da Silva era de Marília (SP) e Jonas Deterfam de Pompéia (SP), enquanto Luan da Silva era de Ponta Porã e Gabriel Peralta não portava documentos e foi identificado por investigadores da Polícia Civil. Também existe suspeita do envolvimento deles no atentado a tiros contra a casa de duas juízas de Pedro Juan Caballero no dia 9 do mês passado.

Os quatro jovens foram executados com tiros na cabeça quando chegavam em uma casa localizada na Rua Nespereira, 239, no Residencial Ponta Porã. Eles estavam em um Chevrolet Onix branco com placa de Ponta Porã. Assim que chegaram da rua e desceram do carro foram surpreendidos pelos pistoleiros.

Quando o Corpo de Bombeiros e equipe da Polícia Militar entraram na garagem, o Onix ainda estava com o motor e o som ligados. Dois homens foram mortos ao lado do carro, o terceiro perto da porta da sala e o quarto na área gourmet, perto da piscina, nos fundos da casa.

Os quatro receberam vários tiros na cabeça, disparados de pistolas calibre 9 mm e fuzil 5,56. Dentro da casa, os policiais encontraram três pistolas, mas as vítimas não tiveram tempo de reação. Fontes policiais acreditam que os mandantes da execução de Charles Gonzalez escolherem os quatro para cumprir a “missão” por eles serem jovens, que não conheciam o alvo e nem a fama de Gringo Gonzalez, considerado extremamente violento.

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